2019 foi o ano dos celulares dobráveis. A tecnologia de dobra de display já estava sendo trabalhada há algum tempo e enfim, viu a luz do dia com a chinesa Royole, que apresentou o Flexpai para o mundo durante a Consumer Electronic Show (CES).

Com a revelação, as grandes marcas do mercado de smartphones se viram pressionadas a apresentar seus modelos de tela flexível também. Então, na carona da fabricante chinesa, a Samsung foi a próxima a mostrar oficialmente seu celular dobrável.

F de Fold e também de fiasco

Em fevereiro, a Samsung anunciou não apenas a linha Galaxy S10, como também o Galaxy Fold, seu smartphone dobrável. Todavia, desde sua revelação oficial, houveram alguns contratempos. 

Primeiramente, o dispositivo de tela flexível não estava disponível no evento que a própria Samsung montou. Pouco tempo depois, o aparelho foi enviado à imprensa e influenciadores para que estes realizassem testes no smartphone.

Muitas unidades apresentaram problemas e falhas graves, o que forçou a Samsung a recolher o aparelho e adiar o lançamento para resolver as questões técnicas. O smartphone chegou aos primeiros mercados internacionais no início de setembro.

Samsung/Reprodução

As apostas das outras marcas

Depois da Samsung, a Huawei também apostou em um modelo dobrável, apresentando o Mate X durante o Mobile World Congress, também em fevereiro.

Porém, temendo repetir o “erro” da fabricante sul-coreana com seu Galaxy Fold, a gigante chinesa também adiou a chegada do dispositivo flexível.

Então, em setembro, outra fabricante chinesa, a Xiaomi, mostrou oficialmente o Mi MIX Alpha. O modelo estava previsto para ser lançado primeiramente na China, em dezembro. 

O destaque fica com sua tela flexível que cobre o dispositivo quase completamente - apelidada de “Surround Screen”. 

Por fim, a Motorola também jogou suas cartas na mesa em termos de modelo dobrável, mas falaremos disso mais adiante.

Huawei/Reprodução

O retorno da Xiaomi ao Brasil

Também em fevereiro, a Xiaomi confirmou que voltaria ao país, já que para adquirir aparelhos da marca chinesa era necessário realizar importações ou ainda, apelar para o mercado alternativo (não-oficiais). Com a volta ao Brasil, a Xiaomi lançou a linha Redmi Note 8 e Note 8 Pro, além do Mi 9. Quanto ao modelo dobrável, Mi MIX Alpha, segue sem previsão de chegar às terras brasileiras.

Xiaomi/Reprodução

Tretas entre a Huawei e o governo dos Estados Unidos

Além da Xiaomi, a Huawei também voltou ao país, oferecendo o modelo premium P30 Pro logo de cara. Todavia, a fabricante encontrou mais dificuldades com o mercado fora da China do que o previsto, já que foi colocada em uma lista de restrição comercial pelo governo norte-americano.

Foi um período conturbado para a gigante chinesa já que, estando nesta lista, nenhuma outra companhia norte-americana poderia fazer negócios com a Huawei, incluindo o Google e o Facebook. O argumento do governo de Donald Trump era que a fabricante oriunda da China “não era confiável”.

O retorno da Huawei ficou comprometido por conta de um desentendimento comercial entre China e Estados Unidos, mesmo com o governo norte-americano tendo voltado atrás no início de julho e liberado acordos com a companhia chinesa.

Como alternativa ao Android, a Huawei lançou seu próprio sistema operacional, HarmonyOS. Em um episódio mais recente, a fabricante chinesa apontou os Estados Unidos como principal suspeito do ciberataque que aconteceu com os funcionários da empresa.

Huawei/Reprodução

Smartphone gamer da Asus é vendido no Brasil

A Asus deu uma atenção interessante para o Brasil ao longo de 2019. Primeiramente, anunciou em março o ZenFone Max Shot, modelo exclusivamente voltado para o mercado brasileiro.

Então, no final de julho, revelou o Republic of Gamers Phone 2 (ROG Phone 2), o qual trouxe para o Brasil também, com direito a um anúncio feito durante a Brasil Game Show.

Por sinal, o ROG Phone 2 chegou no país juntamente com o ZenFone 6, modelo sem notch e com um câmera giratória parruda de 48 megapixels.

Asus/Reprodução

Os serviços e hardwares da Apple

O ano da Apple foi igualmente conturbado, com demissões de funcionários de projetos de veículos, polêmicas com espionagem através do FaceTime e apps internos bloqueados, e muitos rumores sobre serviços de streaming de vídeos e de assinatura de jogos.

Então, em um evento especial em março, a Apple apresentou seus novos serviços: Apple News+, Apple TV Channels, Apple TV+, Apple Arcade e Apple Card.

Em maio, a companhia de Cupertino apresentou um novo iPod Touch, além de mudanças no iOS e macOS, além de um novo Mac Pro no WWDC 2019

Por fim, em setembro, a empresa revelou o Apple Watch Series 5, o iPad 7 e, claro, mostrou sua nova linha de iPhone, o carro-chefe da Apple: os novos iPhone 11 apostam nas câmeras e na eficiência do processador (A13 Bionic) e otimização da bateria, mas sem maiores novidades.

Apple/Reprodução

A volta do flip: Motorola revela o Razr

A última a apostar nos modelos dobráveis foi a Motorola. O diferencial é que a companhia apelou para a nostalgia, já que o seu Razr também é um revival de um outro dispositivo, o Moto V3.

O Motorola Razr é, portanto, um smartphone com tela touch dobrável, só que bem à moda antiga, revivendo o visual “flip” dos modelos antigos de celular.

Motorola/Reprodução

Poder fotográfico, bordas menores, telas infinitas e inteligência artificial

Em geral, algo que vale destacar é como os modelos intermediários ganharam um “upgrade”, por assim dizer, ganhando mais poder de hardware e se equiparando aos celulares premium, porém, mantendo a acessibilidade nos preços.

Isso significa que muitos smartphones intermediários, tais como o Samsung A50 e o Motorola G7 e, mais recentemente, o Google Pixel 4, ganharam bordas menores para destacar mais as “telas infinitas”, além de mais câmeras para aumentar o poder fotográfico e/ou recursos suportados por inteligência artificial para otimização de registros, performance e bateria.

Google/Reprodução