Você abre o jogo sem muitas expectativas. Wild Arms, mais um RPG dos anos 1990. Milagrosamente, um que não é da Square Enix (ou, à época, Soft). Aí, entra nada menos do que aquela abertura em anime maravilhosa com um leve assobio como trilha sonora.

Rudy à noite.
Reprodução: Sony.

Honestamente, mal me lembro de como foi jogar Wild Arms pela primeira vez. Tal qual o saudoso Breath of Fire, a franquia nunca me pareceu tão promissora quanto um Final Fantasy, por exemplo, então, simplesmente, a ignorei durante a maior parte da vida.

Agora, com acesso ao catálogo de clássicos do plano Deluxe da PS Plus, pude voltar a jogar o primeiro Wild Arms, de 1996. E é engraçado como esse jogo desperta sentimentos mistos ao longo da experiência, apesar da introdução em si ser sensacional.

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Como você pode conferir no topo da página, a abertura do primeiro Wild Arms tem pouco mais de dois minutos de duração. Nela, apenas vemos os personagens principais — Rudy, Jack e Cecilia — em um deserto, à noite, enquanto a trilha sonora de faroeste com pitadas de fantasia cresce.

Rudy em papel de parede de Wild Arms.
Reprodução: Sony.

Não existem grandes sequências de ação ou mesmo muito movimento. Trata-se apenas da preparação do jogador para uma jornada épica, que se transforma tanto quanto a própria trilha sonora da cena introdutória conforme avançamos.

Wild Arms é aquele típico jogo que, nitidamente, chegou ao mercado durante a transição entre duas gerações. Apesar de aproveitar relativamente bem algumas capacidades do PlayStation original, a jogabilidade ainda estava, em grande parte, presa à lógica dos consoles anteriores, os saudosos Mega Drive e Super Nintendo.

Mesmo assim, é fato que qualquer pessoa com alguma disposição para jogar RPGs antigos pode se divertir e deve dar ao menos uma chance ao título de 1996. Então, se você tiver como, tente jogar. Ou, pelo menos, aproveite a música da cena de abertura disponível neste artigo.