Olá, eu sou Guilherme Dias, apresentador (e eventual reviewer do site), e eu nunca terminei tantos jogos como em 2021. Foram pelo menos 50 deles. Apesar disso, joguei menos games lançados neste ano do que eu gostaria. Entre os que experimentei, concluí e até mesmo resenhei, quero recomendar alguns dos melhores.

It Takes Two (PlayStation, Xbox e PC)

A esta altura, elogiar It Takes Two virou chover no molhado, mas é inevitável não falar do melhor multiplayer cooperativo que já joguei e de um dos repertórios mais impressionantes de cenários e mecânicas que já vi. 

Este projeto da Hazelight, estúdio sueco de A Way Out, apareceu timidamente em março e surpreendeu a todos com dezenas de atrações e minigames diferentes condensados em uma grande campanha que não fica devendo em nada para a Nintendo. 

A cada fase, é uma nova mecânica, um novo tema e algo novo para descobrir. Eu não poderia pensar em nenhuma outra longa aventura em um videogame mais recomendada para se jogar com alguém.

Resident Evil Village (PlayStation, Xbox e PC)

Enquanto tenho várias ressalvas sobre a trama de Resident Evil Village, é inegável o quão fluida e gostosa de jogar é a recente jornada de Ethan Winters. Resident 8 homenageia Resident 4 em múltiplos aspectos e tenta agradar gregos e troianos com momentos de ação e terror.

Do estresse gerado pelas vampiras do Castelo Dimitrescu ao pavor da Casa Beneviento, Village tem sempre algo novo e instigante a cada esquina. Um excelente arsenal e mecânicas mais ágeis e amigáveis se juntam à variedade de inimigos e cenários do jogo e fazem dele uma experiência ainda mais rica e ambiciosa que o seu antecessor.

Kaze and the Wild Masks (PS4, XOne, Switch e PC)

Os brasileiros do estúdio Pixel Hive fizeram em Kaze and the Wild Masks uma grande homenagem a jogos de plataforma clássicos como Rayman, Klonoa e Kid Chameleon, mas principalmente Donkey Kong Country.

Kaze é um jogo ágil, que pede reflexos rápidos e muito controle de timing e impulso. Você controla a coelhinha que dá nome ao game enquanto ela usa máscaras que oferecem habilidades especiais diferentes para vencer obstáculos e inimigos. 

A arte pixelada é linda, os controles são extremamente responsivos e o design de level é muito, muito bom. Mas fica o aviso: este é um jogo bastante desafiador. Órfãos da franquia DKC esperando desde 2014 um novo game deveriam dar uma chance.

Psychonauts 2 (XSeries, XOne, PS4 e PC)

Poucas pessoas sabem o quão incrível e cheio de camadas é o mundo de Psychonauts. Pensando em me preparar para o novo game, joguei o original e o de VR e fiquei apaixonado. Assim, foi inevitável cair de amores também por Psychonauts 2 que, não apenas honra o legado da aventura original, mas a supera em todos os aspectos.

Psychonauts 2 é um platformer 3D com combate e foco em colecionáveis, mas é também uma jornada hilária com alguns dos diálogos mais engraçados que já vi em um videogame. A direção de arte é soberba e a trama expande a mitologia da franquia de forma muito satisfatória. Meu jogo preferido deste ano.

Halo Infinite (XSeries, XOne e PC)

A espera por Halo 6 valeu a pena. Mesmo com problemas durante seu desenvolvimento, o resultado final de Infinite é muito superior às outras tentativas do estúdio 343 Industries. O retorno da filosofia de sandbox trouxe mecânicas incrivelmente divertidas como o arpéu e as bobinas explosivas, além de muitas novas armas — incluindo um arsenal elétrico.

A trama de Halo Infinite deixa a desejar, mas em termos de gameplay é o parque de diversões mais livre e gostoso de jogar em toda a série. Essa base se estende, é claro, para o multiplayer que, pela primeira vez, é gratuito.

Enquanto alguns ajustes no sistema de progressão do MP são necessários — e DLCs de história para o single player seriam muito bem-vindos —, este é facilmente o melhor Halo da 343.