A série Yakuza, da SEGA, costuma ser elogiada, principalmente, pelas missões opcionais simplesmente hilárias, histórias suficientemente memoráveis e, obviamente, muitas maneiras estilosas para derrubar os inimigos na porrada. Um beat 'em up contemporâneo, digamos.

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No entanto, existe um aspecto da franquia que parece bastante menosprezado: o pseudo mundo aberto. Tudo bem, você pode argumentar que nem chega a ser um mundo aberto, mas, sim, um grande bairro aberto... De qualquer forma, convenhamos: é muito legal.

Kazuma Kiryu arrasando na dança.
SEGA/The Enemy.

Sem veículos para atravessar grandes distâncias ouvindo rádio ou mesmo vigor infinito, que nos permitiria correr por mais tempo, é possível fazer tudo a pé e com calma em Yakuza. Na maioria dos jogos, aliás, conseguimos até mesmo decorar certos caminhos, de forma que explorar a região se torna algo absolutamente orgânico. Mal precisamos do mapa.

Pode não ser o caso para boa parte dos jogadores, mas devo dizer que o espaço aberto limitado de Yakuza me parece mais aconchegante e encantador, hoje, do que os grandes mapas infinitos de Assassin's Creed e Far Cry, por exemplo.

Carrinho de Yakuza 0.
SEGA/The Enemy.

Não há um excesso de repetições nas atividades propostas ou mesmo a exigência de centenas de horas que devem ser pacientemente investidas nos jogos. Bastam algumas poucas dezenas para ver tudo e se divertir o bastante para ficar contente que decidiu começar. Sem grindings eternos. Sem pontos infinitos no mapa. Só um pequeno bairro que você decora e passa a achar absolutamente familiar.

É impressionante também a quantidade de ambientes fechados que podemos visitar enquanto estamos correndo pelas ruas. Restaurantes, lojas, arcades da SEGA, karaokês. Podemos visitar quase que um estabelecimento por rua nos jogos de Yakuza — e isso é simplesmente fenomenal para trazer aquela sensação de realismo ao mundo aberto. Afinal, na vida real, por mais que você não tenha permissão às vezes, é possível entrar em qualquer lugar se você tiver coragem. Né? Em Yakuza, é quase isso.

Kiryu vestido como produtor.
SEGA/The Enemy.

Obviamente, grandes mundos abertos podem ser fenomenais, como GTA e The Witcher nos mostraram. Ainda assim, por questões de como a vida anda, sinto que devo passar ainda mais tempo em Yakuza pelos próximos dias.

Jogos de Yakuza estão disponíveis para consoles PlayStation, Xbox e PC. Se você vir qualquer um, jogue. Principalmente, Yakuza 0. Faça esse favor a si mesmo.