Jogos de terror tem um jeito único e especial de ficar marcado na cabeça dos jogadores – para não dizer

E não existe momento melhor para enfrentar os seus medos do que outubro, mês do Halloween.

Por isso, durante todo o mês, a equipe do The Enemy vai trazer 31 sugestões de jogo por dia para aterrorizar você (e, dependendo do caso, seus amigos) do dia 1º. a 31 de outubro

Confira abaixo:

 
 

Dia 1: Resident Evil 2 (2019)

Resident Evil 2

Em 2019, a Capcom conseguiu reunir o que Resident Evil fez de melhor até então em um único pacote.

O remake de Resident Evil 2 pegou a estrutura e narrativa de um dos jogos mais adorados da franquia, e uniu ele a um sistema de combate e movimentação nos moldes de RE4, junto com os avanços tecnológicos trazidos por RE7.

A RE Engine transforma a delegacia de Raccoon City em um lugar ainda mais perigoso e sombrio do que visto originalmente em 1998. Aqui, nunca se sabe o que pode te esperar em um canto perdido e escuro, e mesmo os inimigos mais básicos podem ser letais para quem estiver despreparado.

Isso sem falar na grande mudança mecânica envolvendo o Tirano/Mr. X, que mudou de um inimigo encontrado em partes específicas da história para um perseguidor imortal e implacável, que está constantemente no encalço de Leon e Claire.

Infelizmente certas coisas não ficaram tão boas quanto o original, como o cruzamento das narrativas entre os dois protagonistas.

Mas, mesmo cinco anos depois do lançamento, e com outras sequências e remakes excelentes que a Capcom trouxe (e Resident Evil 3), o novo RE2 ainda segue como uma experiência aterrorizante e efetiva, que mostra porque a série continua tão forte entre o público.

Victor Ferreira

 
Capcom/Divulgação

Dia 2: Parasite Eve (1998)

Parasite Eve

Ele não tem remake, ele não é lembrado, mas ele tem o povo! Era o ano de 1998 quando a então Squaresoft lançou Parasite Eve. Uma história que mesclava ficção científica e horror, com jogabilidade de RPG e elementos inovadores para a época.

Aya Brea imediatamente foi alçada a novo ícone dos games e uma das grandes influências entre protagonistas na era do PSOne. Sua história marcou, como policial novata tendo que enfrentar uma invasão de criaturas formadas a partir de mutações genéticas.

Só a cena de abertura já choca: diversas pessoas entram em combustão imediata, sem qualquer motivo aparente. Mais tarde, ficamos sabendo que há até mesmo uma base científica para que isso ocorra. Assustador, ainda que com várias doses de fantasia.

Parasite Eve tinha jogabilidade marcante. No estilo "tanque", mas com um combate inventivo. Com o tempo, se tornou clássico, ganhou sequência no ano seguinte, ainda que não muito lembrada, e uma continuação improvável em 2010, que ficou renegada no PSP. Merecia mais, no mínimo um retorno triunfal ou um remake de respeito.

- Felipe Vinha

 
Divulgação/Square Enix

Dia 3: Alan Wake 2 (2023)

Alan Wake 2

Nada como um dos melhores jogos de 2023 para aterrorizar o mês de outubro. Alan Wake 2 é uma experiência narrativa única, brincando com a sua cabeça a cada momento de seu enredo.

No comando do próprio Alan e da estreante Saga Anderson, o jogador terá de resolver mistérios que, naturalmente, se complementam para conseguir evitar mais uma catástrofe em Bright Falls.

Tudo isso é feito com uma aura sinistra que apenas cresce ao longo do jogo. Alan está preso no Dark Place desde os eventos do primeiro game, e a escuridão será um tormento tanto para ele quanto para o jogador.

Saga, por sua vez, está no mundo real e vai se afundando cada vez mais no sobrenatural. Para ambos protagonistas, cada esquina pode oferecer um novo perigo e um novo susto.

Lembre-se: não é um lago, é um oceano.

- Breno Deolindo

 
Divulgação/Remedy

Dia 4: Until Dawn (2015)

Until Dawn

Recém-remasterizado para PlayStation 5PCUntil Dawn provou que o terror é o gênero perfeito para jogos de "filminho" - aqueles em que a linguagem cinematográfica predomina a ponto de as interações do jogador com o cenário serem mínimas, limitando-se a quick time events e tomadas de decisão via diálogo.

Until Dawn gira em torno de um acidente que ceifou a vida de duas irmãs em uma casa de montanha no inverno. Alguns anos depois, os amigos que estavam presentes nesse dia fatídico retornam ao local para tentar superar o trauma, e se veem diante de grandes perigos e mistérios.

Supermassive Games sabe transformar essa agência reduzida do jogador em sua maior arma, em uma história na qual seu principal objetivo é fazer com que todo o elenco principal sobreviva a uma noite de terror.

Isso nem sempre funciona, como a mecânica de manter o controle parado em momentos de tensão - algo que pode ser atenuado no remaster, inclusive. Mas em outros momentos, a estrutura de jogo cai como uma luva, levando você a fazer escolhas erradas, mesmo quando tem certeza de que está tomando uma decisão correta.

- Bruno Silva

 
Divulgação/PlayStation

Dia 5: In Sound Mind (2021)

In Sound Mind

In Sound Mind é um terror psicológico e jogo de estreia do estúdio We Create Stuff.

Com uma ambientação um tanto surreal, In Sound Mind tem como protagonista Desmond Wales, um psiquiatra que acorda dentro do prédio onde fica seu escritório. Algumas criaturas estranhas passeiam pelos corredores e tudo parece estar em um universo paralelo.

Durante o jogo, você encontra algumas fitas que contam as histórias dos pacientes já falecidos de Desmond. Ao tocá-las é como se você entrasse em um universo daquele paciente e descobrisse pouco a pouco a história que o levou a procurar um psiquiatra. O mistério de cada fita é incrível e descobrir a verdade é muito satisfatório.

O jogo é cheio de puzzles, lutas com boss e alguns momentos de shooter. Enquanto você descobre mais sobre os pacientes, um personagem misterioso continuamente liga para você de forma ameaçadora, dando a sensação de que você está sendo observado. Mesmo quando nada parece fazer sentido, as coisas acabam se encaixando no final. Mas sem spoilers, porque a história é realmente o grande atrativo do game.

Com certeza não é tão assustador quanto outros jogos do gênero, não tem jumpscare e você tem uma pistola para se defender. Mas a trilha sonora é muito boa, a direção de arte e as cores são lindas e a atmosfera é envolvente. Vale a pena jogar se você estiver atrás de um terror mais light e surrealista.

- Amanda Seraphim

 
Divulgação/Modus Games