Assassin's Creed está entre as séries mais importantes na história da Ubisoft ao lado de Far Cry. Aliás, para alcançar o nível de qualidade que todos puderam experimentar no primeiro jogo, lançado em 2007, a empresa teve de encontrar soluções um tanto inusitadas.

Muito antes de ser uma franquia inacreditavelmente grande, Assassin's Creed, assim como tantas outras séries, tinha limitações bem maiores. De acordo com Charles Randall, desenvolvedor que trabalhou no primeiro AC, isso fez com que a equipe precisasse fazer um certo contorcionismo para que as coisas funcionassem. Literalmente.

"O cavalo de AC1 era apenas um esqueleto humano ferrado todo contorcido, porque nossa cadeia de ferramentas apenas funcionava com bípedes no 3ds Max", disse Randall em publicação no Twitter. "Parabéns aos animadores que conseguiram fazer aquele cara parecer um cavalo!"

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Sim. É exatamente isso que você leu. No primeiro Assassin's Creed, a Ubisoft usou o esqueleto de um modelo 3D humano para fazer os cavalos, porque as ferramentas usadas pela equipe funcionavam apenas para modelos bípedes. Durante todo o tempo em que está montado, Altair está em cima de um humano modificado para parecer um cavalo. É Fullmetal Alchemist que chama.

Altair montado em um cavalo.
Reprodução: Ubisoft.

Não bastasse isso, Randall ainda revelou que Malik, um dos personagens do primeiro Assassin's Creed, que se destaca por não ter um braço, foi modelado de forma que o antebraço dele virasse para dentro do corpo. Então, o modelo tem, sim, dois braços. Mas um está virado ao contrário da metade para baixo.

É fato que muitas pessoas jamais suspeitariam que essa era a realidade por trás dos personagens em questão. Mas aí a está: nem NPCs de jogos em mundo aberto têm vidas fáceis. Às vezes, você é todo revirado para parecer um cavalo.