O período em que Assassin's Creed se resumia, praticamente, aos jogos de Ezio Auditore da Firenze foi, para muitos, o auge da Ubisoft. Começando com o inesquecível Assassin's Creed II e indo até o (relativamente menos amado) Assassin's Creed: Revelations, estamos falando dos jogos que mudaram a história de muitas pessoas para sempre.

Recentemente, a coletânea Assassin's Creed: The Ezio Collection chegou ao Nintendo Switch. Passado o período da análise de Elden Ring, que monopolizou boa parte dos meus últimos dias, finalmente pude me dedicar a algo que me faria lembrar do saudoso Xbox 360. E, nossa, como eu precisava disso.

Ezio bebê em Assassin' Creed 2.
Ubisoft/The Enemy.

É fácil nos esquecermos de que a história de Ezio não é contada da adolescência em diante ou simplesmente a partir da idade adulta. Por um breve momento, nós controlamos Ezio ainda bebê. Esse é um dos poucos heróis dos jogos — talvez o único — que vimos nascer, crescer e morrer.

Honestamente, eu não me lembrava de que o jogo nos fazia apertar alguns botões enquanto o bebê Ezio estava em cena. Não é meramente algo passivo; há uma espécie de tutorial disfarçado em que vemos o pequeno Ezio agindo conforme apertamos os botões de ataque, esquiva e tudo mais.

Desmond entrando no Animus.
Ubisoft/The Enemy.

Provavelmente, esse detalhe, por menor que seja, faz com que jogadores se sintam mais próximos do protagonista de Assassin's Creed II, Assassin's Creed: Brotherhood e Assassin's Creed: Revelations. Nós o conhecemos muito antes de sabermos do que ele é capaz.

A coletânea do Nintendo Switch não traz tantas melhorias quanto jogadores poderiam imaginar. Visualmente, tenho a impressão de que, sim, o jogo está ligeiramente mais adequado para padrões contemporâneos, mas as mecânicas estão quase intocadas.

Abertura do segundo jogo.
Ubisoft/The Enemy.

Se, por um lado, é bom sabermos exatamente qual botão faz o que via memória muscular de uma década atrás, não há como negar que certos aprimoramentos em qualidade de vida cairiam muito bem. Ainda assim, se uma experiência nostálgica era o que você buscava, não hesite em jogar.

Nos últimos dias, antes de dormir, criei o hábito de pegar o Switch e jogar um pouco, já com a TV desligada mesmo. Eu nem sabia que estava com tanta saudade dessa época clássica de Assassin's Creed, que remete a um período tão menos abarrotado de responsabilidades na minha vida e na de tantas outras pessoas. É incrível.

Sincronizando mapa.
Ubisoft/The Enemy.

Devo passar muito tempo jogando ainda. Não avancei tanto nos três jogos, embora já tenha começado todos eles, sem a necessidade de seguir uma ordem cronológica. Afinal, a história estar longe de ser novidade.

Creio que o mais importante, no meu caso, seja simplesmente o fato de que posso levar esses jogos de Assassin's Creed para absolutamente qualquer lugar. Nunca antes os jogos clássicos de Assassin's Creed tinham sido disponibilizados em uma plataforma portátil com o poder do Nintendo Switch, e revisitar essas aventuras é revigorante após um dia de trabalho.

Vou continuar produzindo conteúdo a respeito pelos próximos dias, mas já devo adiantar que, sim: se você possui um Nintendo Switch e gosta de Assassin's Creed, essa versão é totalmente válida. Vida longa a Ezio Auditore da Firenze.