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Elden Ring: Tudo sobre o jogo

Saiba os principais detalhes sobre o aclamado game

Por Daniel Trefilio 11.08.2022 17H30

Elden Ring é o jogo mais recente da FromSoftware e, possivelmente, a evolução natural da franquia Dark Souls. Com direção e roteiro de Hidetaka Miyazaki, idealizador da série Souls, o RPG de ação começou a ser desenvolvido em 2017, mas só foi anunciado oficialmente durante a conferência do Xbox na E3 2019.

Uma das maiores surpresas é que o novo jogo tem a participação de George R. R. Martin, criador da saga As Crônicas de Gelo e Fogo. A notícia foi recebida com tom de desespero pelos fãs dos livros, já que assumiram que o autor trabalharia na concepção do roteiro para o jogo, adiando ainda mais o lançamento dos livros restantes para a conclusão de sua série de livros.

Estilo Miyazaki de contar histórias

George R. R. Martin, no entanto, teve um envolvimento bem menor do que o esperado, atuando apenas na criação da mitologia e eventos que antecedem a história de Elden Ring. Dessa forma, Miyazaki ainda é a mente por trás da narrativa indireta do RPG, seguindo o mesmo formato inusitado de contar histórias, já conhecido pelos fãs dos outros jogos do diretor.

Diferente da maioria esmagadora dos RPGs, Elden Ring não traz muitas cutscenes ou cenas pré-renderizadas com diálogos extensos. O fio narrativo conduz o jogador pelas Terras Intermédias (Midlands) é muito mais indireto e sutil. 

Assim como em Dark Souls e Bloodborne, a história daquele mundo está pulverizada por todo o jogo, na descrição dos itens, em conversas despretensiosas com NPCs, ou diálogos com os próprios chefes, antes, durante – e em alguns casos – depois das lutas.

Recepção e crítica

Elden Ring foi lançado em 25 de fevereiro de 2022, sendo um sucesso estrondoso de crítica, alcançando notas máximas na maioria dos veículos que utilizam sistemas de pontuação em suas análises. Com versões para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series, a maior pontuação ficou com a versão de PC.

Crédito: The Enemy

Elden Ring é o primeiro grande projeto da família Souls, tradicionalmente publicada pela Bandai Namco, a ser lançado nativamente para PC. Vale lembrar que Sekiro: Shadows Die Twice foi um projeto paralelo, publicado pela Activision, e Miyazaki dividiu a direção com Kazuhiro Hamatani (Enchanted Arms, Ninja Blade), roteirista veterano da FromSoftware.

Devido ao desenvolvimento nativo para PC, o jogo conseguiu abarcar uma amplitude bem compreensível de configurações gráficas, rodando muito bem mesmo em setups mais modestos, inclusive no Steamdeck, console portátil da Valve.

Muito da dificuldade característica dos outros jogos da FromSoftware está relacionado, em grande parte, aos sistemas de movimentação, especialmente durante o combate. Tanto por isso, alguns colocam Sekiro entre os jogos menos difíceis da desenvolvedora. 

Crédito: The Enemy

Elden Ring, naturalmente, não traz a mesma fluidez e agilidade, mas possui um gameplay bastante atualizado, sendo mais acessível (e menos frustrante). Tanto por isso, mesmo trazendo o desafio característico dos “Soulslike”, o jogo é considerado uma boa porta de entrada para o gênero. 

Sistema familiar

O sistema de criação de personagens e progressão também é praticamente o mesmo que o da série Dark Souls. Por outro lado, uma diferença crucial é que a interface para troca de equipamentos foi simplificada e não traz indicativos dos atributos que melhoram ou pioram entre os itens. Sendo assim, é preciso estar mais atento quando encontrar uma armadura com um visual melhor. Não é mais tão simples identificar se ela representa uma melhoria em sua build.

Classes

O jogo oferece dez classes de personagens, com seus pontos fortes, fracos, além de propostas diferentes:

  • Astrólogo

  • Bandido

  • Confessor

  • Guerreiro

  • Herói

  • Miserável

  • Prisioneiro

  • Profeta

  • Samurai

  • Vagabundo

Naturalmente, cada classe começa com distribuições diferentes de atributos, favorecendo alguns estilos de jogo, ao menos nos primeiros níveis. Com isso, é possível ter uma noção da melhor forma de progredir para manter a identidade de seu personagem.

FromSoftware / The Enemy

Uma curiosidade do jogo é a classe Miserável. Nela, os atributos iniciais são distribuídos igualmente, e cabe ao jogador decidir qual caminho trilhar. É importante ressaltar que Elden Ring ainda é um jogo de Miyazaki, e um equilíbrio absoluto pode representar que seu personagem não terá um bom desempenho no começo.

Atributos

O sistema de atributos em Elden Ring também se assemelha ao de Dark Souls e Bloodborne e apresenta oito tipos principais:

  • Vitalidade (Saúde/Vida)

  • Mente (Quantidade de PF – a mana do jogo)

  • Tenacidade (Vigor/Estamina)

  • Força (Utilizar equipamentos pesados, dano físico, etc)

  • Destreza (Capacidade de usar armas avançadas)

  • Inteligência (necessária para Feitiços Pedrilhantes – magias arcanas)

  • Fé (necessária para Encantamentos Sagrados – magias divinas)

  • Arcano (melhora descoberta, defesa sagrada e vitalidade)

Evolução na jogabilidade

Muitas das mecânicas tradicionais dos outros jogos de Miyazaki estão presentes, como a rolagem/esquiva, bloqueio, tipos de ataques, etc. Entretanto, o jogo evoluiu muito no quesito exploração ao introduzir uma montaria e o pulo. Exceto por Sekiro, Elden Ring é o primeiro jogo da família Dark Souls a trazer a capacidade de pular. 

Crédito: The Enemy

Ela não é suficiente para garantir uma exploração vertical robusta, como a de franquias como Assassin's Creed ou o próprio Sekiro, mas dá maior liberdade para o jogador. Naturalmente, ela também cria mais oportunidades para mortes acidentais, mas nada muito mais absurdo do que já acontecia na série. 

A montaria, por sua vez, vai além da simples exploração do mundo. É possível enfrentar inimigos ainda montado, com padrões de ataque diferentes conforme a arma equipada. Mais do que um estilo diferente, a mecânica é essencial em alguns chefes, tanto pela vantagem de deslocamento rápido quanto pelo tipo de inimigo.

Modo multijogador

O conceito do modo multijogador em Elden Ring gira em torno de duas mecânicas principais: convocar jogadores para se aventurar cooperativamente, ou invadir partidas para caçar e derrotar (ou não) o jogador invadido. 

O modo cooperativo é limitado e usa uma marca de invocação tanto para permitir a entrada de jogadores quanto para auxiliá-los. Esse sistema impede a utilização da montaria e não permite cruzar portais. Sendo assim, para enfrentar um chefe com outra pessoa é preciso ativar a marca após cruzar o portal de teleporte.

A mecânica de invasão é semelhante ao dos outros jogos, mas uma sessão só pode ser invadida se o jogador estiver com o modo cooperativo ativo. Dessa forma, a vantagem de buscar ajuda online também oferece seus riscos.

Invocações e "é verdade esse bilhete"

Outro detalhe do jogo é que certo item – adquirido em uma interação no início da história – dá ao jogador a habilidade de invocar NPCs para auxiliar nos combates. As invocações se assemelham com quando outro jogador se junta à partida para ajudar, mas causando bem menos dano.

Além disso, as mensagens deixadas ao redor do mapa pela própria comunidade também retornam, trazendo consigo as mesmas dinâmicas de sempre. Por mais que muitas sejam úteis, tantas outras foram deixadas apenas para confundir e pregar peças em jogadores inocentes que confiam demais em bilhetes de estranhos.

Futuro de Elden Ring

Elden Ring é extremamente rico em ambientes para explorar, desafios e segredos escondidos, o que por si só já seria o suficiente para garantir uma boa longevidade. Todavia, ao ser lançado para PC, o jogo se tornou um amplo campo de exploração para a criatividade de modders

Sendo assim, é possível que esse movimento abra espaço para o jogo crescer de forma orgânica dentro dessa comunidade, como ocorreu com Skyrim. Além disso, de acordo com Miyazaki, o jogo ainda deve receber muitas atualizações oficiais no futuro. Também é esperado que o game receba DLC, assim como foi com lançamentos passados da FromSoftware. 

Saiba mais sobre Elden Ring