Jogos NFTs: Entenda as expressões mais utilizadas

NFT é uma sigla para non-fungible token — ou token não-fungível — que é, de forma simplificada, um código de computador que serve como autenticação para um arquivo, sendo a garantia de que ele é único.

No Dicionário Collins, ele está definido como “um certificado digital exclusivo, registrado em blockchain, que é usado para registrar a propriedade de um ativo, como uma obra de arte ou um colecionável”.

Resumidamente, a blockchain é um sistema que permite rastrear o envio e recebimento de alguns tipos de informações pela internet. Ela é a tecnologia que garante a segurança das transações com cripto ativos.

São pedaços de códigos gerados online que carregam informações conectadas que vão formando uma espécie de corrente — por isso seu nome.

Apesar de não estar muito ligado aos jogos NFT, essa palavra também costuma aparecer bastante em meio a este assunto. Ele é uma espécie de mundo virtual, onde as pessoas poderão jogar, interagir e fazer qualquer tipo de atividade através de avatares digitais.

Mark Zuckerberg, inclusive, CEO do Meta, já está explorando as possibilidades do metaverso e acredita em uma “internet incorporada”, além de querer que o (falecido) Facebook seja pensado como, principalmente, uma empresa de metaverso — daí a mudança do nome também.

Esse é um termo bastante comum quando falamos em jogos NFT. A whitelist é uma lista que permite o acesso exclusivo ou antecipado a compra de alguma criptomoeda. Criada pelos desenvolvedores do jogo, ela permite que apenas as carteiras cadastradas consigam participar das vendas antecipadas.

Muito comum em finanças, esse termo significa o “retorno sobre o investimento”, ou seja, a relação entre a quantidade de dinheiro ganho como resultado de um investimento e a quantidade de dinheiro investido. Como os jogos NFT dependem — em sua maioria — de um investimento, o cálculo de ROI é sempre utilizado pelos jogadores.

Quase a mesma coisa que ROI, mas alguns jogadores também utilizam o termo payback para falar sobre o retorno do investimento e, quando, de fato, o jogador retira este retorno do jogo para sua conta bancária.

Normalmente (em cenários não relacionados a jogos NFT) o ROI verifica se vale ou não a pena investir e o payback é o tempo de retorno do investimento.

Esse é um termo que ainda não tem necessariamente uma expressão em português mas, em tradução livre, seria “cunhar”. Esse é o nome dado ao processo de transformar algo em um NFT, ou seja, codificá-lo e colocá-lo na blockchain. 

Nos jogos, você não vai necessariamente criar alguma coisa do zero e transformá-la em NFT, mas vai comprar algo já existente (um personagem, por exemplo) e fazer o “mint” — que é exatamente o que mencionado acima.

Tiro é a expressão utilizada pelos jogadores de NFT para se referir a quando vão “abrir” alguma caixa ou comprar algum personagem nos jogos.

Um exemplo: para começar a jogar X ou Y jogo, você precisa comprar uma caixa e abri-la para resgatar seus personagens aleatoriamente, por isso, normalmente é utilizada a palavra “tiro” para se referir a esse tipo de ação.

Qualquer transação feita em NFTs gera uma taxa, que normalmente é chamada de taxa de gas e pode variar de valor de acordo com a ação a ser feita e também com o volume de movimentações na rede. Quanto maior o número de pessoas realizando transações em determinado horário, maior serão as taxas de gas.

Scam vem do termo fraude ou golpe e pode ser qualquer esquema de ação enganosa ou fraudulenta que, normalmente, tem como finalidade obter vantagens financeiras. Diversos jogos são considerados “scams” porque são feitos por pessoas que desejam apenas enganar os usuários e conseguir roubar seu dinheiro.

O whitepaper é um documento que serve como um guia para explicar algum conceito e, no caso dos jogos NFTs, para explicar o jogo e tudo o que há por trás dele. Ele define o projeto e tem a intenção de atrair potenciais investidores, além de deixar claro todos os passos para a implementação do jogo, lançamento, quantidade de tokens e muito mais.

A ICO significa Initial Coin Offering, ou seja, oferta inicial de moedas. Ele é um meio não regulamentado pelo qual um novo empreendimento, projeto de criptomoeda ou empresa, tenta angariar fundos de captação pública de recursos para lançar seu projeto.

O IEO, que é conhecido como Initial Exchance Offer, ou oferta inicial de moeda, busca ser um substituto mais seguro para o ICO. Seu objetivo também é o mesmo, mas as formas de fazê-lo mudam, já que, nesse caso, uma plataforma de troca normalmente intermedia a negociação das criptomoedas.

Elas são finanças descentralizadas. É um conceito amplo que abrange toda tecnologia disruptiva que remove a necessidade de intermediários em aplicações financeiras. São aplicações baseadas em contratos inteligentes e blockchains que fornecem serviços e produtos tipicamente associados ao sistema financeiro tradicional, como empréstimos e negociação de valores.

O token é um código numérico — criado inicialmente para serviços e e-banking — para oferecer segurança em acessos digitais. Ele é muito confundido com criptomoedas, mas é diferente. Ele é o registro de um ativo em formato digital, e fica na blockchain para representar um determinado ativo ou uma utilidade.

Ele é utilizado para representar algum ativo financeiro, que tem valor de mercado, como um objeto, um contrato, uma moeda ou uma propriedade.

A grande diferença entre token e criptomoeda é que o token precisa de uma plataforma para ser utilizada, já as criptomoedas são moedas digitais, que se utilizam da criptografia e precisam de uma plataforma própria para existir como moeda virtual.

Normalmente, todos os tokens e moedas virtuais de um jogo tem os chamados contratos, que são uma cadeia de números que os jogadores utilizam para comprar tais tokens. Eles são um sistema de contratos utilizados para executar transações automaticamente sem a necessidade de uma empresa, governo ou entidade para remediar.

O controle das instituições tradicionais do sistema para validar as operações são totalmente dispensáveis já que os contratos estão em blockchain.

Se você já conhece o mercado de ações ou economia, no geral, já sabe o que é este termo. Mas, para os que não estão familiarizados, ele também se refere a “capitalização de mercado”, que é o valor total de mercado das ações em circulação de uma determinada empresa.

Também um termo do mercado de ações e investimentos no geral, a liquidez corresponde a velocidade e facilidade com a qual um ativo pode ser convertido em caixa, no caso, com qual rapidez ele consegue vender.

Shitcoin é o termo para se referir a ativos digitais sem fundamentos, ou seja, tokens não fungíveis que são falsos. Isso pode acontecer principalmente porque qualquer um é capaz de transformar qualquer coisa em um NFT.

Quase como o nome já diz, a memecoin é uma moeda ou token que não tem nenhum valor inerente e, muitas vezes, nenhuma utilidade também. Elas normalmente são atreladas a algum meme da internet, por isso o nome.

Ou também conhecidas pela tradução literal da palavra: baleias. Esse termo é utilizado para descrever os donos de grandes quantidades de criptomoedas, que normalmente tem o potencial de mudar a tendência do mercado com suas transações e movimentações financeiras.

É literalmente sua carteira digital, que armazena todas as suas criptomoedas. Elas normalmente são criadas para interagir com as redes de cripto ativos (como a Ethereum) e todos os outros tokens. Carteiras populares são Metamask e a PancakeSwap.

A Binance é uma bolsa de valores de cripto ativos — que fornece uma plataforma para a negociação de mais de 100 moedas criptográficas. Também conhecida como “empresa de exchange”.

A Trezor é uma carteira hardware para cripto ativos — ou seja, uma carteira física para suas criptomoedas. Com ela você consegue armazenar, enviar e receber com segurança uma grande variedade de criptomoedas.

Ela é bem mais segura do que uma carteira virtual porque as chaves privadas ficam mantidas em um dispositivo físico e ela nunca é conectada a um servidor de internet, sendo virtualmente impossível que um hacker consiga acessar seu conteúdo.

Julia Macalossi é redatora do The Enemy e apaixonada por games desde sempre | Siga-a no Twitter.