A escassez de semicondutores no mercado deve durar mais do que o esperado. Em entrevista ao canal de TV americano CNBC, Pat Gelsinger, CEO da Intel, afirmou que a crise continuará pelo menos até 2024.

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Na entrevista, realizada na última sexta-feira (29), Gelsinger disse que a crise deve continuar por causa da disponibilidade restrita de ferramentas importantes para a fabricação dos semicondutores, o que atrapalha no atendimento à demanda elevada pelo produto.

Semicondutor genérico.
Reprodução.

"Isso é parte do motivo pelo qual acreditamos que a escassez geral de semicondutores agora chegará a 2024 em vez de 2023, como eram nossas estimativas anteriores. A escassez de disponibilidade atingiu equipamentos e algumas fábricas serão mais comprometidas", comentou Gelsinger.

Gelsinger assumiu o cargo de CEO da Intel em fevereiro de 2021 e, desde então, anunciou uma série de grandes investimentos para diversificar a fabricação de chips. Atualmente a maior parte da fabricação de chips se concentra na Ásia e, por isso, a empresa está investindo seus esforços em construir novas fábricas de semicondutores nos Estados Unidos e na Europa.

Muitos setores têm sido afetados pela escassez, mas é notável o impacto da crise no mercado de games. A falta de componentes de fabricação afeta desde chips extremamente especializados até transistores básicos, mas essenciais para a manufatura dos produtos.

A crise tem causado a baixa disponibilidade de Playstation 5 e Xbox Series X. Inclusive, recentemente, a Sony reduziu a estimativa de produção do console de nova geração, devido a questões de falta de componentes e problemas de logística e distribuição.

Para saber mais sobre a crise dos semicondutores, leia nossa reportagem especial, em que detalhamos como a falta do componente afeta de videogames até carros e aviões.