Se já está difícil achar um PlayStation 5 em estoque em qualquer lugar do mundo, as coisas só devem ficar mais complicadas em breve: de acordo com uma reportagem da Bloomberg, a Sony reduziu a estimativa de produção do console de nova geração, devido à questões de falta de componentes e problemas de logística e distribuição.

A empresa estimava anteriormente que 16 milhões de unidades do videogame seriam fabricadas até o fim do ano fiscal, que termina em 31 de março. Agora, porém, a Sony reavaliou a previsão, e o número foi reduzido para 15 milhões de unidades.

No último mês, o CFO da Sony, Hiroki Totoki, declarou que os problemas de logística e abastecimento tornaram-se ainda mais complicados de resolver nos últimos tempos. Com isso, a perspectiva anterior da empresa de 14,8 milhões de vendas torna-se bem mais remota, indicam fontes da Bloomberg.

(Curiosamente, o próprio Totoki havia dito anteriormente que a empresa teria "consoles suficientes" em meio à crise)

Embora o PS5 ainda seja um item desejado pelo consumidor global, as limitações no estoque já se refletem nas vendas do console: após chegar aos 10 milhões de vendas em tempo recorde, seus números entre julho e setembro o colocaram levemente abaixo do ritmo do PS4 durante o mesmo período em seu ciclo de vida.

Procurada pela Bloomberg, a Sony não fez nenhum comentário à reportagem.

A crise dos semicondutores já afeta a indústria de games e tecnologia (e muito mais) há mais de um ano, e não tem previsão de acabar. A falta de componentes de fabricação afeta desde chips extremamente especializados até transistores básicos, mas essenciais para a manufatura dos produtos.

Isso, junto da crise de suprimentos global potencializada pela COVID-19, só reforça que os problemas de produção estão longe de acabar, com empresas como a Intel chegando a estimar que o fluxo só se normalize em 2023.

E, vale notar, anteriormente essas mesmas empresas indicavam que a normalização aconteceria em 2022.