O primeiro Never Alone, lançado em 2015, chamou a atenção por trazer algo um tanto incomum nos jogos: além das fases da campanha, existiam também trechos informativos sobre os povos nativos do Alaska. Embora tivesse ganhado muitos prêmios, não havia muitos indícios de que uma continuação seria lançada. Contudo, agora, sabemos que mais um game da série está a caminho.

Muitos jogadores podem não ter percebido, mas, ao final do trailer de Never Alone: Arctic Collection, que será lançado para Nintendo Switch, consta a revelação de que o segundo game está em pré-produção. Naturalmente, isso pode significar que a sequência ainda demorará anos para chegar, mas pelo menos sabemos o que esperar.

Amigo encontrado em Never Alone.

Never Alone é um game com um propósito diferente: além de entreter, ele também quer divulgar uma cultura pouco representada na mídia, principalmente nos videogames. Lançado nesta terça (18) para PlayStation 4, Xbox One e PC, o game foi criado com uma parceria entre desenvolvedores e 40 integrantes da comunidade Iñupiaq, que habita a parte mais inóspita ao norte do Alasca.

“Nós estavamos procurando uma maneira de contar as nossas histórias e passar os nossos costumes para as novas gerações”, contou, em entrevista ao Omelete, Amy Freeden, representante do Cook Inlet Tribal Council (CITC), uma organização que auxilia comunidades indígenas do Alasca e trabalha para a preservação da cultura local. A resposta foi um jogo de videogame — algo que ninguém do grupo jamais havia feito. Portanto, precisavam de alguém com experiência para auxiliá-los.

Criatura fantasmagórica em Never Alone.

Quem recebeu a proposta do CITC foi Alan Gershenfeld, ex-vice-presidente da Activision e presidente e fundador da publisher E-Line Media. “Quando recebemos a proposta, pensamos no quanto a cultura nativa americana é marginalizada nos games, sempre com personagens estereotipados”, contou o executivo. Inspirado pelo sucesso de títulos indie como Limbo e Braid, decidiu encarar o desafio e levou um colega para um período de três meses de estudo no Alasca.

Se quer conferir o resto da entrevista, vem aqui.