Em um novo post em seu Twitter, o CEO da Microsoft Gaming Phil Spencer declarou que os jogos da série Call of Duty continuarão a ser lançados nas plataformas de PlayStation, mesmo após a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft.

"Tive boas conversas nesta semana com os líderes da Sony", escreveu. "Confirmei nossa intenção de honrar todos os acordos existentes conforme a aquisição da Activision e nosso desejo de manter Call of Duty em PlayStation. Sony é uma parte importante da nossa indústria, e valorizamos nosso relacionamento."

Mais cedo nesta quinta-feira (20), a Sony finalmente fez um pronunciamento relacionado à aquisição bombástica da publisher, que além de Call of Duty também conta com franquias como Diablo, World of Warcraft, Crash Bandicoot, Guitar Hero, e muito mais.

"Esperamos que a Microsoft vá seguir acordos contratuais e continue assegurando jogos da Activision como multiplataforma", disse um representante da Sony ao The Wall Street Journal.

A continuidade de uma das maiores marcas da indústria de entretenimento nos consoles PlayStation era uma das grandes dúvidas relacionadas ao processo de aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft, anunciada na última terça (18) no valor de quase US$ 70 bilhões.

Anteriormente, no caso da aquisição da Bethesda, Spencer e a Microsoft reforçaram que manteriam acordos feitos antes da aquisição da empresa (em particular a exclusividade de Deathloop e Ghostwire: Tokyo para o PS5), mas ao que tudo indica jogos futuros da companhia serão exclusivos de plataformas ligadas ao ecossistema Xbox, como é o caso do aguardado RPG Starfield.

Mas, é também importante também lembrar o caso de Minecraft, cujo estúdio foi adquirido pela Microsoft em 2014. Ainda assim, o game continua disponível e lançado para múltiplas plataformas, incluindo Nintendo Switch e PlayStation 4 (compatível com PS5).

O processo de aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft deve seguir pelos próximos meses e ainda não é uma garantia, já que precisa ser aprovada por diversas entidades governamentais pelo mundo. O atual CEO da publisher, Bobby Kotick, indica que a finalização desse processo só deve acontecer por volta de junho de 2023, durante o fim do ano fiscal da Microsoft.