Depois da Microsoft anunciar que compraria a Activision, uma discussão intensa tomou conta das redes sociais: até que ponto as aquisições bilionárias da dona da Xbox não podem levar ao monopólio? Bom, analistas da indústria avaliam que esse questionamento é bem válido — e não apenas para os Estados Unidos, por incrível que pareça.

"Há muito o que se trabalhar aqui, e passar pelos regulamentos do governo será um grande obstáculo", disse David Cole, um dos fundadores do DFC Intelligence, em entrevista ao GamesRadar+. "Isso inclui não apenas os EUA, mas todos os territórios em que os produtos da Activision Blizzard são vendidos, incluindo a União Europeia, China e etc... Você também tem a questão da participação de mercado no espaço de console, espaço de PC e espaço móvel a ser abordada. A aprovação provavelmente demorará e não está garantida."

Capa de Call of Duty: Vanguard.

Coincidentemente (ou não), o anúncio da aquisição mais cara na história da indústria dos jogos aconteceu apenas algumas horas antes do governo dos Estados Unidos revelar novas regras para fusões de empresas, o que poderia alterar o acordo entre Microsoft e Activision Blizzard. Além disso, obviamente, os EUA não são o único país em que jogos das séries Call of Duty, Diablo e tantos outros são vendidos.

Recentemente, a Sony disse o que espera de Microsoft e Activision no futuro próximo. A gigante japonesa pediu para que os acordos de distribuição de jogos fossem respeitados, mas não há como saber se séries extremamente rentáveis da PlayStation, como Call of Duty, se tornarão exclusivas dos consoles Xbox. Se você acha que esse assunto já se tornou extremamente cansativo, saiba que a novela Microsoft, Activision e Sony ainda está longe de acabar.