As músicas do jogo Relic Hunters Zero Remix foram roubadas e estão sendo vendidas como NFT. Ele é um jogo brasileiro gratuito do estúdio independente Rogue Snail publicado pela Akupara Games para Nintendo Switch e PC.

Recentemente, o compositor da Akupara Games postou em seu Twitter que encontrou um site ilegal de venda de NFT de músicas com suas músicas de Relic Hunters Zero Remix sendo vendidas.

O roubo de propriedades para venda como NFT tem se tornado — infelizmente — mais frequente. Os alvos preferenciais têm sido obras de arte digitais, que normalmente são roubadas de artistas independentes e vendidas como NFTs em sites especializados.

De acordo com o blog da DeviantArt — plataforma de arte digital bastante reconhecida — um sistema de identificação de direitos autorais sobre obras de artes digitais foi criado e sua ferramenta de detecção já catalogou mais de 11.000 peças roubadas sendo comercializadas no OpeanSea, apenas entre julho e setembro de 2021.

RJ Palmer, um designer de games que teve suas artes roubadas sendo comercializadas, disse em reportagem à revista Mel Magazine:

“Praticamente todo o meu trabalho foi roubado, desde as primeiras peças que eu fiz em 2008. Alguém foi ao DeviantArt, pegou esses trabalhos, mintou-os como NFTs e criou uma conta no OpenSea para vendê-las”.

Infelizmente é um processo “fácil” para os cibercriminosos, já que as plataformas de venda de NFTs geralmente não possuem sistemas de verificação de autenticidade ou prevenção de fraudes — além, é claro, de não assumirem a responsabilidade por atos de terceiros.

NFT é um assunto que tem se tornado cada vez mais frequente na internet. O site de jogos indie itch.io fez uma publicação a respeito desse tipo de tecnologia afirmando que “NFTs são uma fraude” criada para explorar criadores e criar esquemas financeiros.

Até mesmo Phil Spencer, chefe da Xbox, se mostrou bastante cauteloso em relação à nova tendência de jogos NFT e disse: "o que posso dizer hoje em dia quanto a NFT, por alto, é que acho que há muita especulação e experimentação que está acontecendo, e que parte do criativo que vejo hoje parece mais exploração do que sobre o entretenimento."