Não é à toa que No Place for Bravery é um dos indie finalistas na categoria melhor jogo brasileiro na premiação do BIG Festival 2022. O game disponível para testes no evento junta aspectos de Soulsborne com história densa e diversas inspirações. Veja o que achamos do título.

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Não se deixe enganar pelo visual pixelizado. No Place for Bravery não é apenas mais um jogo de aventura com jogabilidade bacana e visual retrô decente. Pelo contrário. O jogo do estúdio brasiliense Glitch Factory esconde uma narrativa ambiciosa por debaixo dos panos e uma jogabilidade que abrirá um sorriso no rosto de quem gosta de um bom desafio.

Imagem de divulgação de No Place for Bravery
Reprodução: Glitch Factory

O The Enemy testou brevemente o game, que chega em 22 de setembro para PC e Nintendo Switch, e, em poucos instantes na pele do protagonista Thorn, é quase promessa que o jogador se sentirá imerso e preso à história contada em No Place for Bravery.

Fãs de fantasia medieval tem conteúdo de sobra desde ambientação à música, ambas executadas com maestria, mas tudo sem deixar de lado cenas com dinâmicas modernas entre pais e filhos — e até humor em meio aos acontecimentos quase opressivos do game.

Imagem de divulgação de No Place for Bravery
Reprodução: Glitch Factory

No Place for Bravery conta a história de Thorn, um velho guerreiro atormentado por seu passado que busca pela filha perdida. A missão aqui é, nitidamente, fazer o jogador sentir o peso de uma amargura sem fim vinda diretamente do personagem controlável.

O início do jogo coloca o jogador em um passeio sem compromissos com a filha de Thorn. Em meio a batalhas desafiadoras ao melhor estilo Soulsborne — ou seja, deve-se decorar padrões, e morrer será parte do processo — a filha do protagonista foge ao sentir medo e não é mais encontrada.

Imagem de divulgação de No Place for Bravery
Reprodução: Glitch Factory

Após o trecho inicial, o jogador entende que a cena retrata um flashback e que o jogo parte dali. O sentimento aqui é praticamente o mesmo do começo de The Last of Us, com Joel sofrendo pela morte da filha, para fins de comparação.

Graças ao limite de tempo do teste, muitos ficarão agoniados até o lançamento do jogo (inclusive, este que vos escreve), mas talvez isso sirva para agregar ainda mais à experiência. 

Há tempos um game não causa o que No Place for Bravery promete causar no jogador. Neste caso, é o sentimento de sofrer com o protagonista e lutar junto do personagem para, quem sabe, encontrar a filha perdida — isso tudo acompanhado de Phil, outro filho de Thorn, que provavelmente também sofre por ter um pai afogado em águas passadas.