Dizem que 2020 é o ano da colheita: todos vão colher o que plantaram ao longo dos últimos anos e, para mim, nos videogames não será diferente - para bem ou para mal. É um ano cheio de títulos de grande escopo e, dois dos mais esperados jogos estão dois Remakes.

Final Fantasy VII Remake já está em desenvolvimento há algum tempo. O título foi revelado oficialmente na E3 2015, mas, até que um outro título da Square Enix fosse lançado (isto é, Kingdom Hearts III), a nova versão do clássico de PlayStation recebeu pouco destaque. 

Isso começou a mudar em 2019: o game ganhou trailers, apresentações de gameplay e até vídeos focados em personagens, além de imagens promocionais e demonstrações em eventos.

Ao testá-lo na Brasil Game Show, inclusive, senti que o jogo está bem primoroso em termos de jogabilidade: a ação mesclada com as barras, mantendo tudo em tempo quase real, me entregou uma experiência digna de Final Fantasy, só que com aprimoramentos visíveis.

Foi como jogar uma versão melhorada de Final Fantasy XV, com elementos de outros capítulos anteriores, como o FFXII e o FFXIII - quase como se a Square tivesse pegado tudo que fez de melhor e ainda tivesse conseguido melhorar.

Obviamente, a demonstração era restrita ao final da primeira parte do jogo original, com a dupla Cloud e Barret já infiltrados no Sector 1 Reactor e descendo até onde a bomba seria implantada. Então, acontece a batalha contra o Scorpion Sentinel e os testes acabam logo após a batalha com o dito chefão.

Dito isto, não foi possível testar outros recursos, como os Summons, por exemplo. Todavia, os golpes, as magias e os Limit Breaks foram completamente modernizados e para melhor. Graficamente e tecnicamente, o jogo está impecável e promete ser uma belíssima reimaginação do clássico de 1997.

E felizmente, não irá demorar muito para chegar: em 3 de março de 2020, a primeira parte de Final Fantasy VII Remake será lançada, inicialmente para PlayStation 4. No Brasil, o game chegará com legendas em português.

Em contraparte com o longo planejamento da Square, a Capcom revelou recentemente que Resident Evil 3, remake do antigo Resident Evil 3: Nemesis de 1999; está em desenvolvimento. 

Aliás, permita que eu me autocorrija: o game está quase completo! Além de ter apresentado o título em dezembro de 2019, a produtora ainda irá lançá-lo logo menos: 3 de abril de 2020, exatamente um mês depois do remake de FFVII.

O jogo parece seguir os mesmos moldes de Resident Evil 2 (2019), que foi concebido originalmente como remake. Todavia, a própria Capcom esclareceu que o game é na verdade uma reimaginação do game original de 1998.

Com o terceiro capítulo numerado da franquia, não deve ser diferente e, logo no trailer de anúncio, algumas diferenças foram avistadas. Os heróis Jill e Carlos receberam uma repaginação em seu visual e, nas imagens promocionais, o mesmo aconteceu com o vilão, Nemesis.

Em termos de gameplay, os produtores prometeram que ele será mais voltado para a ação, se comparado com RE2 (2019). No título original também foi assim, então me alegra saber que a Capcom respeitará esse aspecto do gameplay - claro, mantendo esses elementos de ação na medida certa, para que não fique similar a um Resident Evil 4, por exemplo.

Quanto à trama, estou genuinamente curiosa para saber como a Capcom pretende mostrar a relação da Umbrella Corporation com o governo dos Estados Unidos, um elemento importante que foi apresentado através dos mercenários e que traz muitas consequências nas histórias dos jogos seguintes.

A infecção de Jill também parece ganhar mais destaque, a julgar pelo trailer de anúncio. Será que jogaremos mais com ela neste estado? Será que o segmento de Carlos também será expandido? A Capcom já prometeu que dará mais destaque a personagens secundários, então é esperado que o herói e seus comparsas mercenários ganhem mais tempo de tela.

Além disso, a produtora já está preparando terreno, adicionando easter eggs na demo de RE2 (2019), além de um arquivo escrito pela própria Jill no jogo base. Por fim, vale apontar que o game ainda trará Resident Evil: Resistance como modo multiplayer online.

De modo geral, as expectativas para Resident Evil 3 e Final Fantasy VII Remake estão altíssimas! Não apenas por serem reimaginações de grandes clássicos do final dos anos 1990, mas também porque o sucesso deles pode alavancar a produção de outros games, seguindo esse mesmo estilo modernizado.

Um bom exemplo de remakes que eu gostaria muito que fossem feitos pelas mesmas produtoras, Square Enix e Capcom, são Parasite Eve e Dino Crisis, respectivamente. Mas isso é assunto para outro artigo...