Cyberpunk 2077: 48 referências e easter eggs incríveis

Jogadores que conseguirem driblar todos os problemas de performance presentes em Cyberpunk 2077 encontrarão um mundo lotados com diferentes referências, que vão de menções a outros jogos (como The Witcher e Mortal Kombat) até poses peculiares do Modo Fotografia.

Abaixo, o The Enemy compilou 48 referências e easter eggs sensacionais de Cyberpunk 2077 que você pode ter deixado passar. Então, se quer ter certeza de que já viu tudo ou está tentando descobrir o que ainda não achou, é só continuar lendo.

Blade Runner

Não há opção melhor para começar do que pelos easter eggs de Blade Runner, talvez a principal obra do gênero cyberpunk no cinema. No jogo, você encontra várias referências ao filme, mas mais especificamente ao replicante Roy Batty, interpretado pelo ator Rutger Hauer no filme.

Primeiro, em Pacifica, existe um hotel que foi ocupado pelos Voodoo Boys e o nome desse lugar é Batty’s Hotel, com direito a um logo de origami, um elemento bem característico e importante em Blade Runner. Já na região de Heywood, você encontra um prédio que, na recepção vazia, tem mais um origami e, no terraço… O próprio Roy Batty com um letreiro ao fundo em que está escrito "Like tears…", fazendo referência à fala final de Batty no filme: "Like Tears in the Rain."

Para fechar, no cemitério da região de Westbrook, existe um túmulo para o Roy com a mesma frase famosa. Para quem tinha dúvida de que os desenvolvedores do game gostam de Blade Runner, fica a resposta.

Referências a mais filmes

Vários outros filmes ganharam uma pequena homenagem em Cyberpunk 2077. O anime cyberpunk Ghost in the Shell é referenciado em um serviço da Regina Jones em que você precisa abater a cyberpsicopata Tenente Mower, que lembra muito a Major Motoko Kusanagi. Tudo isso em um lugar que parece a cena da luta na água do longa metragem. Há outra referência ao fime no logo da Judy, que ela tem como tatuagem, mas que também aparece na van dela e quando você liga pra ela — que é um fantasma saindo de uma concha (Ghost = Fantasma; Shell = concha).

Falando em conchas, se você for ao quarto do/da V, você encontra no banheiro três conchinhas do mar. Quem cresceu nos anos 1990 vai se lembrar do filme O Demolidor, com Sylvester Stallone, em que existe uma piada sobre, no futuro, as pessoas limparem a bunda usando três conchas. Mas como isso é feito… Nunca foi explicado.

A moto do Kaneda do anime Akira também é homenageada em Cyberpunk 2077 com o nome de Yaiba Kusanagi CT-3X e é a moto mais rápida do jogo. E o sobrenome Kusanagi… mais uma de Ghost in the Shell.

Existe um easter egg de O Exterminador do Futuro 2 no distrito de Santo Domingo. Você encontra o que teria acontecido se a cena da perseguição do caminhão tivesse dado errado. A cena é basicamente um caminhão batido, uma moto destruída, e um homem e um robô mortos no chão. Tem ainda um caco com uma conversa envolvendo um tal de Arnold Blake, Tex e Jimmy O'Connor.

Uma rápida referência a Karate Kid aparece no prédio onde está Roy Batty em forma de grafite dizendo: "Mercy is for the weak” (ou "misericórdia é para os fracos"). Vemos ainda outro grafite que tem a famosa frase do Jules Winnfield de Pulp Fiction, interpretado pelo Samuel L. Jackson.

Se você avançou até a missão com os Voodoo Boys, você viu o cinema do Shopping de Pacifica exibindo um filme de Velho Oeste. Esse filme é "A Face Oculta", de 1961, com o Marlon Brando.

E tem até uma referência ao pior dos quatro Indiana Jones, o Reino da Caveira de Cristal, no game. A infame cena da geladeira durante a explosão nuclear foi reproduzida por um NPC chamado Steven Hurt, mas pra ele não deu certo como deu pro Indy. O cara é encontrado morto no lixão fora da cidade com um chapéu ao lado e um caco que explica a história.

E tendo Keanu Reeves no elenco de Cyberpunk, é claro que algumas referências aos filmes dele apareceriam, né? Quando você conversa com um cara chamado Serguei durante uma missão paralela chamada “Olive Branch”, ele conta sobre um cara de barba, supernormal, que não tinha nada de “tirar o fôlego”, que era um assassino de aluguel e tinha um cachorro.

Existem pelo menos duas referências a Matrix também. Primeiro, a das famigeradas pílulas vermelha e azul que o Morpheus oferece ao Neo no início do primeiro filme, para ele decidir se quer saber da verdade ou voltar à ignorância da vida normal. No game, a Misty dá dois frascos com pílulas diferentes para V. Assim, o protagonista pode decidir se quer atrapalhar o domínio de Johnny Silverhand ou simplesmente se entregar. E, eventualmente, V faz uma escolha do tipo em um missão na qual você pode ficar mais de boa ou tocar o terror.

A outra referência de Matrix é bem mais sutil e aparece num comercial de TV, com estantes de roupas vindo até uma pessoa numa área branca. Lembra da cena "guns, lots of guns" na hora de resgatar o Morpheus? Então.

Séries de TV

Jogadores podem encontrar alguns easter eggs de séries de TV populares em Cyberpunk 2077 também. Há um serviço, por exemplo, em que você resgata um cara que é um médico japonês que matou um mafioso durante uma cirurgia e fugiu para os Estados Unidos, onde ele foi ajudado por um amigo negro. Quem viu a 6ª temporada de The Office, com certeza achou a história bem familiar.

Os desenvolvedores parecem gostar bastante de Breaking Bad, porque há ao menos três referências à série em Cyberpunk. Quem lembra da cena clássica do Walter White jogando a pizza no telhado? Bom, é possível encontrar uma pizza no telhado aos arredores de Night City.

Você ainda encontra, em uma missão, uns pacotes de metanfetamina azul, que era a marca registrada do Walter — e existe ainda um serviço chamado "O Princípio de Heinsenberg", que é o codinome de traficante dele. Nessa missão você encontra um laboratório subterrâneo igual ao que Walter e Jesse têm na série.

Músicas

Existem referências sutis à músicas do mundo real em Cyberpunk 2077. Na região de Heywood, por exemplo, você encontra uma arma falante chamada Skippy que balbucia uma melodia... bem familiar. Pois é, ele tá cantando Disturbia, da Rihanna.

E a Judy tem letras de músicas conhecidas também tatuadas no corpo. Em um dos braços, ela tem um trecho de "Pyramid Song", do Radiohead, e, no outro, um verso de "Parallel Universe", do Red Hot Chili Peppers.

Poses familiares no Modo Fotografia

Quando você entra no Modo Fotografia de Cyberpunk 2077, existem opções, ajustes e, naturalmente, há também poses. Acontece que várias dessas poses são claras referências a animes, memes e games.

Tem o Drakeposting, que é aquele meme do cantor Drake; a pose da Sailor Moon; o "Praise the Sun", de Dark Souls; uma pose inspirada em JoJo’s Bizarre Adventure; e mais um easter egg do Keanu Reeves, de quando ele disse "você é de tirar o fôlego!"

Referências a The Witcher

Obviamente, existem muitas referências à outra grande série da CD Projekt Red. Começando a campanha como marginal, jogadores têm acesso a uma revista com a propaganda de um carro chamado Aerondight, que é o nome de uma espada de prata que aparece nos três jogos da série. Há, inclusive, uma frase entre aspas que é exatamente a mesma que a Senhora do Lago fala pro Geralt quando dá a espada pra ele no primeiro jogo.

Se você escolher a origem de corporativo, é possível abrir uma gaveta num escritório no início da campanha e encontrar uma revista de games retrô sobre The Witcher 3 com a Ciri na capa. A Ciri está em outro easter egg num grafite de rua que diz “Cirilla” e “Cintra”, que é o nome do reino onde ela era princesa antes de Nilfgaard atacar.

Em alguns lugares de Night City, você vai encontrar máquinas de arcade de um jogo chamado Roach Race. É um cavalo correndo, desviando de obstáculos, e aparece até um grifo igual ao do início de The Witcher 3. Roach é o nome, na versão em inglês, que o Geralt dá pra todos os seus cavalos e que a gente conhece aqui no Brasil por "Plotka", nos livros, ou "Carpeado", na localização nacional do game.

Em Pacifica, existe um easter egg dos tesouros que ficam boiando no mar em The Witcher 3. Você encontra debaixo de uma ponte dois barris com contrabando amarrados na água e que tem loot.

Por fim, The Witcher também é referenciado em um equipamento que você ganha se jogar Cyberpunk na plataforma do PC GOG ou se linkar sua conta do GOG assim que você começa o game nos consoles. Tem uma camiseta e uma jaqueta com o lobo e a katana Unicórnio Negro, que é inspirada na espada de aço de mesmo nome que aparece em The Witcher 2 e 3.

Easter eggs de outros games

Referências a jogos não param em The Witcher e há muitos outros games que são homenageados em Cyberpunk 2077. No extremo leste de Night City, existe um túnel de trem com dois caras mortos e uma moto destruída. Um caco que você pega ali mostra a conversa entre um tal de "JC" e "Little Smoke" sobre "seguir um maldito trem." Quem jogou GTA: San Andreas já viu uma cena parecida.

Existe ainda uma missão dada pelo Mitch que é sobre a morte de um personagem chamado Scorpion. Acontece que o apelido parece ter vindo de uma action figure do Scorpion de Mortal Kombat que ele tinha e que é dada a você no fim da missão. Você pode deixar ela de decoração no apartamento.

Na missão de recuperar os carros guiados por inteligência artificial da empresa Delaware, um deles tem uma voz robótica bem familiar e fala de testes, assassinato e bolo. Sim, é a GLaDOS, de Portal, interpretada pela própria Ellen McLain, que fez a IA sádica nos dois games.

Ainda em jogos da Valve, a série Half-Life também aparece em forma de uma arma, o pé de cabra. A descrição do item diz que ele é a ferramenta preferida de assaltantes e físicos teóricos do MIT, fazendo referência à profissão do Gordon Freeman.

O eterno e jamais lançado Half-Life 3 também é homenageado em um caco, falando de um cientista silencioso, de uma tal de “Alice” e dos 15 anos de espera pelo jogo que, em Cyberpunk 2077, se chama "No Life 3." Existe ainda um pôster dele em uma parede.

O Batman não é exclusivo dos games, mas, como existem jogos dele, vale a pena mencionar aqui também. Saindo de Night City pelo leste, à noite, é possível entrar numa caverna e encontrar um contêiner aberto com um carro preto bem maneiro, que seria uma versão futurista do Batmóvel e que você pode pegar para você, e um caco que fala de um cara que teve os pais assassinados, se veste de preto e se autodenomina a sombra, a vingança — o Murk Man, que é um vigilante de Night City.

Em um laboratório, durante a missão "A Caçada", você encontra também o BB de Death Stranding. O parceirinho do Sam Bridges que, como a descrição do scanner diz, detecta os BTs. Vale mencionar que o crossover com Death Stranding aconteceu do lado de lá também e dá pra pegar itens de Cyberpunk na versão de PC do jogo do Kojima.

Participações especiais

Por falar em Kojima, não nos esquecemos dele. Existem muitas participações especiais em Cyberpunk 2077 e a do diretor de Metal Gear e Death Stranding é uma das mais legais. O Kojima aparece nas primeiras horas da campanha, num bar do Konpeki Plaza, divagando com uma galera sobre filmes, capturar emoções e neurodança.

Não poderia faltar também a presença do criador do RPG Cyberpunk 2020, Mike Pondsmith — que, aliás, serviu de consultor para a adaptação do seu universo no game. É possível ouvir um monólogo dele numa rádio dentro do jogo criticando a tecnologia do chip de imortalidade da Arasaka.

Alguns influenciadores foram convidados pra fazer uma pontinha em Cyberpunk 2077. O streamer Cohh Carnage deu rosto e voz ao NPC de um profeta de rua que fica perto do consultório do Viktor falando umas doideras. A Alanah Pearce faz uma garota chamada “Lana” que pegou o carro quebrado que você abandonou no início do jogo e está consertando ele pra ir embora do lixão.

Como vocês sabem, tem gente do Brasil também. O personagem Ozob, criado pelo Azaghal, do Jovem Nerd, rende várias interações no game e, na versão em português, ele tem a voz do próprio Azaghal.

Obviamente, não podemos deixar de falar da nossa querida colega aqui do Omelete, que produz vídeos para o The Enemy também, a Carol Costa. Ela aparece numa propaganda da Arasaka, atrás do próprio Yorinobu Arasaka, que é o vilão principal do game.

Por fim, há um sujeito que é capitão dos milicianos nacionalistas da gangue Rua 6 e, na versão em português, ele lembra um pouco uma figura conhecida aqui no Brasil.