Street Fighter 6 renovou a identidade da franquia com sua temática urbana tanto no visual quanto em trilha sonora, efeitos nas lutas e mais. A série da Capcom já trouxe essa ambientação antes no que foi o auge da série para muitos.

A aposta no próximo jogo da franquia é um claro resgate a Street Fighter 3. Obviamente, há sentido aqui, já que SF6 será o primeiro que avançará na história que não progredia desde Third Strike, ápice da série e melhor Street Fighter. Entenda o porquê.

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Depois do sucesso das últimas versões de Street Fighter 2, quando nasceram combos, barras de especial e mais, Street Fighter 3: New Generation chegou em 1997 como um balde de água fria na cabeça dos fãs.

tela de seleção de personagens de street fighter 3
CAPCOM

A aposta da Capcom foi arriscada, renovando completamente o elenco que acompanhou muitos jogadores por quase uma década, com apenas Ryu e Ken em meio aos inéditos Alex, Elena, Sean, Ibuki e mais.

Não é preciso nem explicar o motivo pelo qual o jogo foi mal recebido no início. Depois de anos com Chun-Li, Guile, Bison, Cammy, Dhalsim, Zangief e mais, entregar ao público um novo título sem nenhum dos já ícones da série foi, no mínimo, um “tiro no pé”.

imagem da tela de seleção de personagens de street fighter 3 third strike
CAPCOM

Porém, o jogo sobreviveu e trouxe não apenas uma segunda versão, Second Impact, como a terceira, Third Strike, que foi quando o melhor dos dois mundos se uniu. Novos personagens e alguns clássicos de volta como Chun-Li e Akuma.

Agora fica a dúvida: por que o jogo fez tanto sucesso mesmo com a reação negativa da comunidade? Basicamente na ciência de que o brilho de jogos e principalmente dentre o gênero de luta está na jogabilidade e em como o jogador pode se expressar durante suas sessões.

Após o estranhamento inicial ao não ver quase nenhum rosto familiar entre os personagens, muito disso cai por terra na hora de realmente botar a mão na massa e jogar Street Fighter 3: Third Strike.

tela de gameplay de street fighter 3 third strike com ryu contra jun
CAPCOM

Com a tendência se mostrando adotar visual próximo a anime dos concorrentes, Street Fighter 3 apostou em desenhos mais realistas e, não apenas isso, revolucionou com as animações mais complexas do mercado. Enquanto nas versões anteriores os golpes demandam três ou quatro quadros (frames), em New Generation haviam especiais com mais de 30, mas que não necessariamente diminuem o ritmo do combate.

Aliado a isso, uma mecânica ajudou o game a promover algumas das lutas mais intensas e memoráveis mesmo entre o público amador: o parry. O sistema de aparar ataques era muito arriscado até contra a máquina em dificuldades mais fáceis, mas acertar fazia qualquer um se sentir um real lutador de artes marciais. Como esquecer, por exemplo, do tão icônico EVO Moment #37, o parry de Daigo Umehara contra Justin Wong:

Combinado a tudo já citado anteriormente, até hoje, Street Fighter 3 tem uma identidade única na franquia. Jogos com visual e ambientação tradicional existem aos montes, a série Alpha 3 até se aventurou com alguns temas que lembram jazz, mas “trazer um jogo de luta para as ruas”, com efeitos semelhantes à grafite, hip-hop e temática urbana é mérito apenas de SF3. Pelo menos até Street Fighter 6 chegar.

tela de gameplay de street fighter 6 com Luke contra Jamie
CAPCOM

Nessa lista, citamos vários jogos para explorar antes de Street Fighter 6 ser lançado, mas o destaque merecido vai para Street Fighter 3. SFV pode ser o mais moderno, enquanto SF4 pode promover momentos emocionantes com Focus Attack, mas nenhum outro game fará o jogador sentir o que era o ápice da série tanto quanto Third Strike.

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Street Fighter III: Third Strike
  • Lançamento

    12.05.1999

  • Publicadora

    CAPCOM

  • Desenvolvedora

    CAPCOM

  • Censura

    12 anos

  • Gênero

    Luta