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Os melhores jogos de 2021 na opinião de PH Lutti Lippe

Um ano brilhante, mas não do jeito óbvio

Por Pedro Henrique Lutti Lippe 30.12.2021 10H00

Há quem diga que 2021 foi um ano fraco para games. Imagino que quem diz isso não teve a oportunidade de jogar muitos games novos em 2021.

Eu teria elogios para tecer sobre pelo menos umas duas dúzias de experiências inéditas incríveis que aproveitei ao longo do ano, nos mais diversos formatos e plataformas. Infelizmente, o espaço é limitado, então vou me restringir a falar sobre os cinco títulos que mais dominaram meus pensamentos nos últimos meses.

Eu sou PH, e esses foram os meus jogos favoritos em 2021.

(Antes que me cobrem, ainda estou nos respectivos inícios de Final Fantasy XIV Endwalker e Shin Megami Tensei V. Eu sei, eu sei.)

Resident Evil Village

Até hoje, meses depois de terminar minha aventura na pele de Ethan Winters, ainda me surpreende o quanto eu gostei de Resident Evil Village.

Após a revolução de Resident Evil VII Biohazard, a série apostou mais uma vez na perspectiva em primeira pessoa. Mas não é apenas a seu predecessor direto que Village presta homenagem.

Trata-se de um jogo que troca de pele como se trocasse de roupas, surpreendendo a cada nova curva no cenário. Ele une elementos de todos os melhores momentos da série nos últimos 15 anos, e ainda arranja um tempinho pra brincar de Silent Hill.

Resident Evil Village ainda tem o mais satisfatório sistema de tiroteios de toda a franquia e uma trama surpreendentemente cativante - a única de toda a série que conseguiu me deixar emocionado de verdade.

Divulgação/Capcom

Monster Hunter Rise

Provando que não está pra brincadeira, a Capcom ainda encaixou mais um jogo dentre os meus cinco favoritos do ano.

Monster Hunter Rise é o melhor jogo da série desde 4 Ultimate: um triunfo completo em termos de design, controles, trilha sonora, visuais e ação. No Switch, a Capcom não apenas tornou portátil a experiência de Monster Hunter World, como também a aperfeiçoou em todos os sentidos.

Talvez apenas caçadores veteranos consigam apreciar de verdade todos os detalhes que fazem de Rise o jogo mais veloz e gostoso de controlar da franquia, mas os frutos do trabalho do time de desenvolvimento podem ser aproveitados por todos.

Divulgação/Capcom

Fuga: Melodies of Steel

É muito triste pensar que alguém possa deixar de jogar Fuga: Melodies of Steel por pensar "Ugh, jogo de furry? Tô fora!"

Da mesma CyberConnect2 de Naruto: Ultimate Ninja Storm e Dragon Ball Z: Kakarot, esta emocionante aventura que mistura estratégia e visual novel foi a maior surpresa que tive no ano.

A trama do game gira em torno de um grupo de crianças que são obrigadas a fugir após um exército invasor destruir seu vilarejo. O destino as conduz até um misterioso e gigantesco tanque de guerra, que passa a ser seu lar e sua única chance de reencontrar a paz em um mundo desolado pelo caos.

Fuga obriga o jogador a fazer pequenas escolhas a todo momento, e quando a soma delas tem consequências inesperadas... Bom, basta dizer que é uma experiência bem impactante.

Divulgação/CyberConnect2

It Takes Two

O mais perto que a indústria já chegou de criar um jogo da Nintendo sem o envolvimento da Nintendo, It Takes Two é o fruto de trabalho de uma equipe que dominou completamente a arte de desenvolver games.

A aventura cooperativa que alcançou a maior honra no The Game Awards é uma que transborda criatividade em um nível assustador.

Cada 'fase' de It Takes Two esconde mais surpresas que dez jogos comuns combinados. Ele é incansável em seu esforço para chocar e divertir os jogadores.

Se um dia eu perder a paixão por videogames, It Takes Two é o jogo que eu planejo jogar de novo para tentar reencontrá-la.

Divulgação/Electronic Arts

Knockout City

Pois é.

Knockout Citytem um dos piores narradores da indústria, um estilo artístico que beira o repulsivo e um modelo de negócios pago que é totalmente incompatível com sua realidade.

Knockout City também é possivelmente o jogo mais subestimado de 2021.

Todos sabem que queimada é uma das brincadeiras mais divertidas já concebidas pela humanidade. Knockout City encontra uma maneira de digitalizar essa experiência com vários toques de originalidade, criando um jogo competitivo satisfatório e viciante no mesmo nível de Rocket League.

Se você ainda não o fez, dê uma chance... quando ele inevitavelmente tornar-se free-to-play.

Divulgação/Electronic Arts