Em questão de horas, o estúdio GSC Game World acabou com os planos de vender NFTs para S.T.A.L.K.E.R. 2: Heart of Chernobyl, que supostamente permitiria a inclusão de "metahumanos" no jogo — que seriam essencialmente NPCs com rostos escaneados de compradores dos tokens.

Isso vem após uma péssima recepção dos planos iniciais por parte dos fãs da franquia, que reclamaram publicamente em redes sociais e diretamente com a produtora.

"Queridos Stalkers,

Nós te ouvimos.

Baseado no feedback que recebemos, fizemos a decisão de cancelar tudo relacionado a NFTs em S.T.A.L.K.E.R. 2.

Os interesses dos nossos fãs e jogadores são a principal prioridade para o time. Estamos fazendo este jogo para o entretenimento de vocês — qualquer que seja o custo. Se vocês se importam, também nos importamos."

Originalmente, o estúdio declarou que o game contaria com seu próprio "metaverso", que aparentemente "usará a tecnologia de blockchain para permitir a comunidade a ser dona de uma parte de S.T.A.L.K.E.R. 2."

Quem fizesse a compra do NFT para virar um "metahumano" dentro do jogo teria que viajar para Kiev, na Ucrânia, onde o GSC Game World fica localizado, para ter seu rosto escaneado e transposto em um personagem do jogo.

O estúdio também prometia outros tipos de NFT, mas não deu maiores detalhes sobre quais seriam estes planos.

NFTs em games tem sido um assunto comentado e controverso na indústria de games durante 2021, com diversos jogos fazendo sucesso com a ideia de que jogadores poderão ganhar dinheiro por meio de itens adquiridos e registrados via blockchain.

Recentemente, a Ubisoft anunciou o serviço Ubisoft Quartz, que recompensará jogadores com NFTs em seus games, a começar por Ghost Recon: Breakpoint. O anúncio foi recebido com críticas intensas do público, e os próprios desenvolvedores da empresa parecem não estar particularmente confortáveis ao utilizar a tecnologia.

S.T.A.L.K.E.R. 2: Heart of Chernobyl sai em 28 de abril de 2022 para PC e Xbox Series X|S — o que é um tanto curioso considerando as ressalvas que o chefe da divisão de games da Microsoft, Phil Spencer, tem sobre NFTs em jogos.