O isolamento social trouxe impactos significativos para o varejo e com as lojas fechadas, muitas companhias passarem a vender pela internet. De acordo com monitoramento feito pela empresa de inteligência de mercado Compre&Confie, o varejo digital brasileiro faturou R$ 9,4 bilhões em abril, aumento de 81% em relação ao mesmo período do ano passado.

A alta reflete principalmente o aumento no número de pedidos realizados durante o mês. Ao todo, foram 24,5 milhões de compras online, aumento de 98% em relação a abril de 2019. As categorias que tiveram o maior crescimento em volume de compras foram: Alimentos e Bebidas (aumento de 294,8% em relação a abril de 2019), Instrumentos Musicais (+252,4%), Brinquedos (+241,6%), Eletrônicos (+169,5%) e Cama, Mesa e Banho (+165,9%).

Mesmo com o aumento, o tíquete médio analisado apresentou queda na comparação com o mesmo mês do ano anterior. “O mercado de varejo online está em fase de profunda mudança. O cenário de COVID-19 acelerou as vendas de categorias que até então eram pouco exploradas como, por exemplo, saúde, alimentos e bebidas e petshop, o que colabora para o crescimento do ecommece brasileiro”, explica André Dias, diretor executivo da agência.

A expectativa do setor para maio é um aumento das vendas acima de 100%, por causa do Dia das Mães, uma das principais datas comemorativas para o varejo. A projeção é de que as compras online devem atingir faturamento de R$ 5,9 bilhões, aumento de 123% em relação ao mesmo período do ano passado. 

A estimativa da companhia considera o período de 25 de abril a 9 de maio e projeta que, nesse intervalo, sejam realizadas 15,5 milhões de compras online – número 139% maior do que o registrado no mesmo intervalo de 2019. Apesar de comprarem em maior quantidade, brasileiros devem gastar menos em cada transação: a companhia vê queda de 7% no ticket médio das compras, totalizando R$ 380,23.