Até mesmo as menores interações podem levar a grandes missões em bons RPGs de mundo aberto, como é o caso em The Elder Scrolls V: Skyrim, um clássico da Bethesda.

Se, em algum momento, você cruzou o caminho de um homem chamado Sam Guevenne e aceitou participar de uma amigável disputa de quem bebe mais, sabe exatamente do que estou falando.

"A Night To Remember"

Senna fala com o protagonista.

Senna, a sacerdotisa.

No início, pode até parecer que se trata de uma simples disputa sem propósito, mas, passadas as primeiras opções de diálogo, jogadores se vêem em situações no mínimo imprevisíveis.

Completamente bêbado, o Dovahkiin apaga por um segundo depois de concordar ir para um lugar aleatório com Sam. Em seguida, o protagonista de Skyrim se vê em um templo e descobre o que fez enquanto estava fora de si.

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De acordo com Senna, a sacerdotisa do tal templo, o Dovahkiin chegou ao lugar dizendo coisas sem sentido que envolviam um casamento e uma cabra, além de ter perdido a calma e espalhado lixo por todos os lados.

O que aconteceu

Cabra em Skyrim.

A cabra roubada e vendida aos gigantes.

Após limpar o chão do templo, a pedido de Senna, o Dovahkiin parte em busca da verdade. No caso, o personagem principal interage com as pessoas que viram ele bêbado para descobrir o que aconteceu.

Logo na primeira interação, com o fazendeiro Ennis, jogadores descobrem que o Dovahkiin roubou uma cabra chamada Gleda e a vendeu para gigantes. Para avançar, portanto, é necessário recuperar a tal cabra para Ennis e ir para Whiterun, onde, de acordo com ele, temos de procurar por uma mulher chamada Ysolda.

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O que aconteceu foi o seguinte: enquanto estava bêbado, o Dovahkiin pegou uma aliança de casamento com Ysolda e prometeu que pagaria depois. Afinal, ele dizia estar apaixonado por alguém de Witchmist Grove.

Felizes para sempre? Não!

Bruxa de Skyim.

Moira, a suposta esposa.

Como você já pode imaginar, a tal esposa do Dovahkiin em Witchmist Grove é uma bruxa. No caso, uma particularmente assustadora, chamada Moira, que diz, em postura de combate, que está pronta para consumar o amor com o personagem principal.

Depois de lutar contra Moira, o Dovahkiin parte para o último destino da missão: Morvunskar. Lá, o Dovahkiin finalmente reencontra Sam Guevenne, que o havia desafiado para a competição de bebida. Passada uma breve conversa, o protagonista de Skyrim recebe o cajado que havia sido prometido quando foi desafiado por Sam... Ou melhor, Sanguine.

Sim! Sam Guevenne era apenas um disfarce humano utilizado pela entidade Sanguine, o príncipe daédrico da devassidão, que queria se divertir um pouco no mundo como uma pessoa normal.

Anos depois, Skyrim ainda impressiona

Reencontro com Sam.

O reencontro com Sam.

Para quem joga pela primeira vez, é difícil imaginar que uma simples interação em um bar qualquer do mapa de Skyrim poderia levar a toda uma sequência de atividades inusitadas com o objetivo de descobrir o que aconteceu enquanto o protagonista estava bêbado.

Não é raro ouvir reclamações de diferentes jogadores a respeito de como muitos jogos de mundo aberto atuais são extremamente repetitivos e previsíveis — e, de fato, uma grande parte dos jogos contemporâneos se encaixam nessa descrição.

Ao mesmo tempo, quando um jogo de mundo aberto é criado com cuidado, como no caso de Skyrim, The Witcher 3 e GTA 5, por exemplo, existe uma magia que não pode ser equiparada por quase nenhum título single-player mais linear.

Com isso em mente, fica a pergunta: será que existe alguma chance de The Elder Scrolls VI superar Skyrim ou mesmo se igualar ao maior jogo da Bethesda de todos os tempos?


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