Imagine a seguinte situação: você é um soldado, no universo de Resident Evil, e acaba sendo condenado à morte por motivo nenhum. Em seguida, também sem motivo algum, a Umbrella cancela a execução que havia sido programada e lhe dá uma segunda chance. Seria suspeito, no mínimo. Né?

Jogadores da versão de Nintendo 64 de Resident Evil 2, assim como jogadores de Resident Evil 3: Nemesis, talvez já tenham entendido do que se trata este artigo. Afinal, a situação hipotética do primeiro parágrafo não foi só uma brincadeira para certo personagem.

O mercenário sem nome

Dia primeiro de setembro.

De acordo com o autor do Diário do Mercenário, que é um relato pessoal cuja primeira página foi redigida no dia primeiro de setembro de 1998, após seis meses de treinamento especial, o corpo dele parecia estar em forma. No entanto, sem qualquer justificativa plausível, ele foi condenado à morte.

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A execução por fuzilamento foi precedida por sessões de tortura que buscavam extrair do mercenário em questão informações que ele nunca teve. Na manhã da execução, milagrosamente, o autor do diário foi poupado. Novamente, não havia uma justificativa, mas ele aceitou o presente do destino.

A missão impossível

Autor recebe uma segunda chance.

Nos relatos redigidos em 15 de setembro, o mercenário sem nome explica que teve de interromper o período que passou de férias, porque havia um pedido de mobilização para a UBCS, a unidade à qual ele havia sido designado após ser poupado.

À época, no universo de Resident Evil, a Umbrella contava com duas equipes paramilitares importantes: uma dedicada ao combate ao terrorismo corporativo e outra criada para lidar com problemas causados por produtos ilegais, os chamados "faxineiros", grupo de que o autor do diário fazia parte.

O verdadeiro motivo

Mercenário explica sobre Umbrella.

No último relato registrado no Diário do Mercenário, redigido no dia 28 de setembro, há tanto informações objetivas quanto pistas importantes para entendermos a motivação da Umbrella ao poupar o autor do texto.

Preso em Raccoon City, para onde foi enviado como um dos "faxineiros", o mercenário sem nome estava à beira da loucura. A luta por sobrevivência parecia uma missão impossível. Ele não via saída, então, decidiu abrir mão da própria vida para não se tornar um dos zumbis que tomaram a cidade.

Decisão final do autor.

Embora não exista uma relação explícita entre o mercenário ter sido poupado e o envio dele para Raccoon City, é evidente que a Umbrella sabia muito bem sobre a situação em Raccoon City. Então, por que desperdiçar um soldado a mais no campo de batalha com uma execução, se era possível enviá-lo para morrer na cidade, onde ele talvez até levasse alguns monstros consigo?

No final, o mercenário realmente morreu. O que é uma pena, já que Raccoon City precisava de toda a ajuda possível quando as pessoas foram infectadas. Quando chegamos ao final do diário, percebemos que essa foi apenas mais uma vítima da Umbrella.


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