Todo jogador possui favoritos que, simplesmente, nunca perdem a graça. Algumas pessoas têm até mais de um. Mesmo que, no geral, a opinião pública, com razão, possa ir contra alguns desses títulos. Cyberpunk 2077 e GTA 5, por exemplo.

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Quando se joga os mesmos games por tempo demais, é inevitável encontrar semelhanças aqui e ali. Ainda mais se os títulos em questão são todos de mundo aberto e prometem uma tonelada de conteúdo.

Michael andando.
Rockstar/The Enemy.

Incrivelmente, quem dedicar bastante tempo aos universos construídos por Rockstar e CD Projekt Red vai perceber que, ao menos em um sentido, o jogo com um dos lançamentos mais desastrosos de todos os tempos supera a obra-prima da Rockstar.

É fato que existem sete anos de distância entre o lançamento de GTA 5 (2013) e o de Cyberpunk 2077 (2020). Logo, o normal seria o jogo mais recente ser superior, em muitos aspectos, ao mais antigo (pelo menos tecnicamente). Nada a respeito de Cyberpunk 2077 é normal, entretanto. Então, só temos uma coisa em que o jogo da CD Projekt é indiscutivelmente superior: furtividade.

Visão de hack.
CD Projekt Red/The Enemy.

Por algum motivo, a Rockstar decidiu incluir sequências de furtividade em GTA 5 e GTA Online que são absolutamente primitivas na maneira como funcionam. O campo de visão dos inimigos, as opções para caminhar furtivamente de um ponto ao outro, execuções silenciosas. Tudo parece bem... Questionável, para dizer o mínimo.

Milagrosamente, a furtividade é um dos elementos de Cyberpunk 2077 verdadeiramente engajantes. Ter uma dezena de opções de hacks rápidos, habilidade de invisibilidade e pulos duplos faz com que V, protagonista do jogo futurista, consiga realizar verdadeiros milagres tecnológicos sem chamar atenção indesejada.

Nos momentos em que Cyberpunk 2077 pede furtividade, celebro. Nos momentos em que GTA 5 pede furtividade, lamento. Ao menos em um aspecto, Cyberpunk 2077 conseguiu me agradar mais do que um dos maiores jogos de todos os tempos.