A atual temporada Fórmula 1 está se mostrando imprevisível. Quem diria que o jovem talento de Charles Leclerc estaria liderando o campeonato com uma ampla vantagem sobre o campeão de 2021, Max Verstappen e seu vice, Lewis Hamilton? Que a Ferrari superaria as dificuldades e seria a escuderia na liderança em 2022?

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F1 2022
Divulgação: EA

Mas não se assuste: o The Enemy não virou um site sobre esportes tradicionais – nosso foco ainda são os games. Porém, acompanhar o torneio de F1 é parte fundamental para o fã de automobilismo virtual compreender as alterações que chegam ao clássico game da Codemasters, que chega aos consoles Xbox, PlayStation e PC no dia 1º de julho.

O The Enemy teve a oportunidade de ver de perto – ou melhor dizendo, jogar – F1 2022 em uma pista que faz sua estreia no circo: o circuito Miami, e, com isso, testar as novidades do jogo.

Vale a pena notar que é a estreia do autódromo Hard Rock Stadium na Fórmula 1, que já está passando pelos treinos de reconhecimento e que terá o seu GP de estreia no próximo domingo, 8 de maio.

F1 2022
Divulgação: EA

Nessa minha primeira empreitada em F1 2022 foi no PC e pude correr tanto com o meu volante da Logitech G923, quanto com o controle do Xbox. Apesar de minha máquina não ser a mais futurista do mundo dos games, consegui rodar com os gráficos no máximo a 60 FPS.

As primeiras voltas, como é praxe, foram de reconhecimento. Deu para perceber que as 19 curvas fazem do circuito um bom desafio e quase nos dá a sensação de ser um circuito de rua, tendo em vista que existem poucos pontos para fazer uma ultrapassagem segura. Aqui você vai precisar fazer com que sua experiência em traçados de alta velocidade seja explorada ao máximo.

O circuito que rodeia o Hard Rock Stadium é feroz, com muitos pontos aonde você vai com o pé lá embaixo e outros onde precisa ser meticuloso para conseguir contornar as curvas sem perder muito tempo. O “miolo” do traçado é bastante desafiador ser completado, mas isso não quer dizer que os trechos de alta sejam mais seguros, a reta oposta, por exemplo, é tudo aquilo que o fã do automobilismo virtual quer: chegar à velocidade máxima de um carro de Fórmula 1.

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O traçado tem algumas zonas de grande velocidade, principalmente entre as curvas 8 e 11, que forçam o jogador a manter o giro alto. Em todas as minhas tentativas foi nessa região onde consegui fazer as ultrapassagens que me levaram ao pódio.

Em uma corrida de longa duração, pude notar o quanto que a física do jogo foi mudada para tentar emular as novas regras de aerodinâmica da Formula 1. Com os carros menores e mais “presos” ao chão, tornou possível fazer algumas ultrapassagens nos finais de reta, antes das grandes frenagens. É por isso que a grande reta oposta do circuito de Miami se tornou uma das minhas favoritas de todo circo.

Depois de centenas de voltas consegui marcar o tempo de 1:31.168. Será que isso é rápido suficiente? Não sei dizer. Preciso ver o que outros corredores virtuais fizeram. Mas me senti recompensado em estourar a champanhe no final da prova.

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Outra coisa interessante foi ver as cenas de abertura e encerramento do circuito, dando um pouco mais de vida ao game. Antes de chegar ao pódiuo, os pilotos passam por um “túnel” onde vemos sua foto. É uma bobagem eu ter prestado atenção nisso? É. Sem dúvida. Mas ao mesmo tempo eu sinto que é bom ver que a Codemasters não está pensando apenas nas coisas que acontecem dentro da pista.

Depois de muito pensar, eu senti que é por esses e outros motivos que se justifica que os jogos de F1 sejam lançados durante a temporada, se diferenciando de todos os outros jogos esportivos – que chegam alguns meses antes dos seus respectivos torneios.

Somente um jogo assim, que tem tantas mudanças entre uma temporada e outra, pode agradar o fã da velocidade virtual. Vamos ver se a Codemasters tem mais algumas cartas escondidas em sua manga para F1 2022.