Andrew Wilson, presidente da Electronic Arts, parece não ter sentimentos tão positivos a respeito da influência da FIFA nos jogos da franquia homônima. Na visão dele, ao que tudo indica, a série pode até melhorar com o possível encerramento da relação de 30 anos com a Federação Internacional de Futebol.

De acordo com reportagem do VideoGamesChronicle (VGC), Wilson disse à equipe de FIFA, em uma reunião interna da empresa que ocorreu em novembro, que a licença da FIFA havia sido "um impedimento" para as ambições da EA com a série de jogos.

Dominando a bola em FIFA.
EA.

Wilson teria afirmado que a FIFA havia impedido a EA de expandir os jogos para modos além do tradicional 11 contra 11 ou por meio de "ecossistemas digitais mais amplos", sugerindo que o único valor que a EA obteve da licença em um ano sem Copa do Mundo foram as "quatro letras na frente da caixa."

"Vou ser mais aberto… mais aberto do que fui com o mundo exterior", disse Wilson, segundo a reportagem, quando perguntado por que a EA estava pensando em romper com a FIFA. "Tivemos um ótimo relacionamento com a FIFA nos últimos 30 anos. Criamos bilhões em valor… é simplesmente enorme. Criamos uma das maiores propriedades de entretenimento do planeta."

Estádio em FIFA 22.
EA.

"Nossos jogadores nos dizem que querem mais modos de jogo, coisas diferentes além do 11v11 e outros tipos de jogabilidade. Eu diria a vocês, tem sido uma luta para que a FIFA reconheça os tipos de coisas que queremos criar, porque eles dizem que nossa licença cobre apenas certas categorias", teria afirmado Wilson.

Por enquanto, não há confirmação de que EA e FIFA encerrarão a parceria de longa data. Sabemos que FIFA é um jogo extremamente lucrativo para a empresa e, portanto, mesmo que exista algum atrito entre as partes envolvidas, tudo pode se resolver de maneira diplomática.