Após a decisão do Competition and Markets Authority (CMA) que barrou a fusão entre a Activision e Microsoft no Reino Unido, o CEO da Activision Blizzard, Bobby Kotick, enviou um comunicado aos funcionários da empresa informando que esta não é a palavra final sobre o negócio e criticou o órgão dizendo que o impedimento é prejudicial para o mercado de games do Reino Unido.

"Se a decisão da CMA prevalecer, isso vai sufocar o investimento, a concorrência e a criação de empregos em toda a indústria de jogos do Reino Unido", diz Kotick no comunicado.

O CEO disse que a Activision Blizzard pretende contestar a decisão da CMA e já começou a trabalhar no recurso junto ao Competition Appeals Tribunal do Reino Unido. 

Kotick afirmou que estão confiantes no caso, pois acreditam que a fusão é benéfica para a concorrência e para o mercado de tecnologia britânico. Segundo ele, a união das duas empresas seria capaz de alavancar a liderança do Reino Unido em tecnologia, além de impulsionar os setores de machine learning e inteligência artificial.

"Em um momento em que os campos de aprendizado de máquina e inteligência artificial estão prosperando, sabemos que o mercado do Reino Unido se beneficiaria da expertise da Microsoft em ambos os domínios, bem como de nossa capacidade de colocar essas tecnologias em uso imediatamente", escreveu.

Kotick também comentou sobre a frustração causada pelos obstáculos e atrasos no processo de fusão, mas afirmou que a empresa continuará pressionando pelo negócio, pois acredita que a fusão trará benefícios para os funcionários, a força de trabalho de tecnologia do Reino Unido e jogadores ao redor do mundo.

O CEO da Activision Blizzard ainda destacou que a empresa é uma das mais fortes do setor e está pronta para continuar crescendo e construindo sobre suas incríveis propriedades intelectuais. 

Na manhã desta quarta-feira (26), o CMA divulgou sua decisão que impede a fusão entre a Microsoft e a Activision Blizzard, alegando que união entre as duas companhias poderia criar um monopólio na área de Cloud Gaming.

O órgão destacou que o impasse não poderia ser resolvido nem mesmo com a venda de franquias como Call of Duty ou outros games da Activision, ou World of Warcraft da Blizzard, nem com as promessas de oferecer os títulos em outras plataformas concorrentes.

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A decisão, conforme Kotick ressaltou, não é final, porém especialistas do mercado inglês apontam que tal medida pode empurrar a fusão entre as companhias para 2024.


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