Hitman 3 promete concluir a trilogia iniciada pela Io-Interactive em 2016 com eficiência. A continuação, que chega no próximo dia 20 para os consoles e PC, traz aperfeiçoamentos pontuais a uma fórmula baseada na adaptação que deu ao Agente 47 um dos melhores jogos de ação furtiva (senão o melhor) dos últimos cinco anos.

Tivemos a oportunidade de jogar uma versão de prévia da continuação no PC, e a constatação principal é a de que, embora as mudanças sejam sutis e pouco perceptíveis, os pontos fortes dos dois primeiros jogos continuam lá: os mapas, que mantém uma impressionante liberdade de ação e uma capacidade do jogo de se adaptar às ações do jogador.

Hitman 3
Divulgação/Io-Interactive

Neste teste, o foco esteve nas duas primeiras fases de Hitman 3, que são bons exemplos de como a Io-Interactive refinou a proposta de jogo da trilogia World of Assassination. O primeiro é Dubai, um arranha-céu futurista que se eleva acima das nuvens, combinando o ambiente cerimonial (repleto de disfarces diferentes) tradicionais da trilogia com segmentos de plataforma e mais verticalidade.

Em Dubai, somos apresentados a uma das novas ferramentas do Agente 47: uma câmera inteligente que permite um novo tipo de interação com o cenário, como a abertura de travas eletrônicas ou o diagnóstico de certos elementos do cenário. A câmera também pode ser usada como uma visão em primeira pessoa, perfeita para métodos mais tradicionais de espionagem. É um artefato digno de James Bond, já indicando o que a Io-Interactive pode aprontar em seu jogo de 007.

A novidade e o design de Dubai se mesclam perfeitamente ao que já se espera do gameplay de Hitman, providenciando uma variedade enorme de caminhos para eliminar seus alvos. Neste nível, 47 precisa eliminar dois membros de alto escalão da agência maligna Providence. Um é mais ousado e passeia pelos ambientes do edifício; o outro, mais precavido, se mantém isolado numa suite cheia de guardas. Nada como se esgueirar pelas janelas do arranha-céu para transitar sem ser percebido, ou usar uma série de disfarces para manipular a dupla a se encontrar, e facilitar o seu trabalho.

Hitman 3
Divulgação/Io-Interactive

Já o segundo nível, Dartmoor, é ainda mais impressionante, pois coloca esse gameplay flexível em um ambiente extremamente rígido: uma mansão com poucas pessoas e um clima de mistérios a ser resolvido que trouxe um desafio inesperado à velha e boa dinâmica de eliminar alvos.

No segundo nível, Hitman 3 também demonstra uma novidade que, a princípio, pode parecer pequena, mas fará uma diferença enorme para quem gosta de experimentar com as fases: a possibilidade de abrir permanentemente caminhos. Algumas portas e escadas agora só podem ser abertas de uma direção (de dentro para fora, por exemplo), mas, uma vez abertas, permanecem nesse estado até mesmo quando você jogar a fase novamente, permitindo ainda mais opções de explorar e caminhos até o seu alvo.

Hitman 3 não muda muito a fórmula, seja por ser uma conclusão de trilogia, seja pelas mudanças tímidas, ou até mesmo pela proposta de incluir as fases de todos os três jogos no pacote, o que é ótimo para quem não pegou a série do começo, mas faz a continuação ter mais cara de DLC do que uma sequência. De toda forma, é uma bela conclusão que promete ainda mais conteúdo para um dos jogos mais subestimados da geração de PS4 e Xbox One.

Hitman 3
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HITMAN III