Nas últimas semanas, a Ubisoft foi alvo de diversas denúncias por parte de funcionários e ex-funcionários, relatando casos de assédio sexual e abuso de poder por parte de parte de liderança da publisher.

Figuras acusadas, como o diretor criativo Máxime Beland (de Far Cry e Splinter Cell), o diretor de Assassin's Creed Valhalla, Ashraf Ismail, e até o chefe criativo da companhia, Serge Hascöet, se afastaram ou pediram demissão da companhia.

Agora, durante uma conferência com investidores, o analista Ken Rumph, da Jefferies, perguntou ao CEO e cofundador da empresa, Yves Guillemot, sobre seu papel e responsabilidade quanto a estas denúncias e funcionários.

Em resposta, Guillemot foi evasivo, mas reforçou que continuará no papel de CEO da companhia.

"Obrigado por sua pergunta", disse (via Kotaku). "É fato que, cada vez que ficamos a par desta conduta fizemos, na verdade, decisões difíceis. E garantimos que estas decisões tinham um impacto claro e positivo. Então isso é muito importante."

"Está claro agora que certos indivíduos traíram a confiança que coloquei neles e [ininteligível] os valores compartilhados da Ubisoft. Por isso nunca comprometi nos meus valores principais e ética e nunca farei. Vou continuar a comandar e transformar a Ubisoft para lidar com os desafios de hoje e amanhã."

Guillemot não foi acusado diretamente de qualquer conduta imprópria, mas muitos dos envolvidos eram lideranças de confiança do executivo, incluindo Hascöet, considerado seu segundo em comando.

A Ubisoft já prometeu mudanças em seu alto escalão após as denúncias.