O aplicativo de mensagens Telegram, que muitas pessoas usam como substituto para o WhatsApp ou mesmo como principal meio de comunicação, foi bloqueado no Brasil após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com o G1, a ordem atende a um pedido da Polícia Federal. Agora, cabe às plataformas digitais e aos provedores de internet inviabilizar o acesso ao aplicativo por meio dos mecanismos disponíveis.

Logo do Telegram.
Telegram.

Conforme apontado na reportagem, a ordem para o bloqueio do Telegram está na chamada fase de cumprimento. Portanto, empresas estão sendo notificadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Em reportagem exibida no último domingo (13), na TV Globo, o Telegram foi mostrado como muito mais do que um aplicativo para troca de mensagens entre amigos. A plataforma vinha sendo utilizada, de acordo a emissora, para propagar discurso de ódio, facilitar o tráfico de drogas, compartilhar propagandas nazistas e até mesmo vendas de certificados de vacinação.

Além do bloqueio do aplicativo em território nacional, Moraes estabeleceu uma multa diária de R$100 mil para as empresas que deixarem de cumprir a determinação, que exige a inviabilização da utilização do Telegram pelos grupos que podem prover acesso à plataforma. 

Alexandre de Moraes.
Cristiano Mariz/Veja.

Segundo o G1, a decisão de Moraes atende a um pedido da Polícia Federal que veio após o Telegram não atender decisões judiciais para bloqueio de perfis apontados como disseminadores de informações falsas.

Um desses perfis seria o do blogueiro Allan dos Santos, um dos aliados mais conhecidos da família Bolsonaro no meio da comunicação. A prisão do blogueiro foi determinada em 2021, mas ele segue em liberdade nos Estados Unidos. No momento, há uma ordem para a extradição dele. 

O Telegram é, de acordo com a Polícia Federal, "notoriamente conhecido por sua postura de não cooperar com autoridades judiciais e policiais de diversos países."