Como forma de impedir o crescimento dos chamados “camelôs eletrônicos” - importadores online que compram produtos a preços baixos para revender no Brasil -, os Correios querem corrigir as manobras que permitem o frete grátis para lojas chinesas.

No Brasil, compras abaixo de US$ 100 não pagam impostos ao entrar no país. Sendo assim, importadores chineses utilizam de opções mais baratas de encomendas, que não trazem códigos de barra ou rastreamento, o que traz de acordo com os Correios levam a um faturamento menor em relação a produtos registrados, e ainda deixa o processo de entrega mais lento, já que requer trabalho de triagem manual.

Em entrevista ao Valor Econômico, o presidente dos Correios Guilherme Campos chegou a dizer que, por causa destes fatores, o Brasil acaba perdendo US$ 1 bilhão por ano por meio de subsídios aos chineses, mesmo com o aumento de volume diário significativo, com 300 mil encomendas chegando ao país por dia.

O problema não está limitado ao Brasil, e até mesmo União Postal Universal (UPU), agência das Nações Unidas dedicada a serviços postais, levantou a questão no passado.

No momento, os Correios estão em contato com Pequim para que as lojas chinesas enviem informações eletrônicas. Além disso, a empresa pretende implementar um sistema que levaria o cobrador a pagar pelos custos de frete na entrega do pacote.