Considerando que o primeiro Resident Evil se passa dentro de uma mansão, pode parecer um tanto curioso que existam tantos zumbis espalhados pelo mapa. Afinal, mesmo que uma família inteira morasse ali, não seria o bastante para tantos monstros. Né?

Bom, mesmo que você nunca tenha jogado o primeiro jogo da série da Capcom, já deve ter ouvido falar que a Mansão Spencer era, na verdade, uma fachada para um grande laboratório, onde muitos pesquisadores da Umbrella passaram a morar temporariamente.

O contágio

Barry lê a despedida do pesquisador.

Quando o T-Vírus passou a infectar os moradores da mansão, muitos pesquisadores e outras pessoas relacionadas à Umbrella foram transformadas. Algumas, inclusive, deixaram relatos escritos para trás, de forma que jogadores podem ter uma ideia sobre como foi o período de infecção.

Martin Crackhorn foi o homem que inspirou o título desta matéria. Ele foi um dos pesquisadores da Umbrella que tiveram de se mudar para a Mansão Spencer e acabou testemunhando em primeira mão o momento de contágio.

Sem qualquer esperança de sobreviver aos perigos da mansão, o último ato registrado de Martin Crackhorn foi escrever uma carta dedicada à mulher que ele amava, Alma.

Adeus, Alma

A carta para alma.

Ao contrário do que ocorreu com outros habitantes da Mansão Spencer, Martin Crackhorn foi, sim, infectado, mas não chegou a se transformar em monstro. Então, os relatos dele não trazem aquelas tradicionais confusões mentais perceptíveis na escrita de outras pessoas, embora ele descreva a gradual perda de sentimentos que percebeu em si mesmo no documento Researcher's Will.

"Todos os meus colegas que foram infectados estão mortos ou morrendo, e a natureza da doença é tal que aqueles que ainda estão vivos perderam os sentidos. Esse vírus rouba das vítimas a humanidade, forçando-os, na doença, a buscar e destruir a vida. Mesmo enquanto escrevo estas palavras, posso ouvi-los, pressionando contra a minha porta como animais famintos e sem mente", consta no texto de Martin.

Jill lê a despedida do pesquisador.

"Alma, eu tentei sobreviver apenas para vê-la novamente. Mas meus esforços apenas adiaram o inevitável; estou infectado, e não há cura para o que virá a seguir — exceto pôr fim à minha vida antes de perder a única coisa que me separa deles", segue o texto.

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Martin Crackhorn não conseguiu e nem conseguiria se salvar. Ainda assim, ele manteve a humanidade até o final e não permitiu que o T-Vírus o transformasse em mais um zumbi. Agora, se Alma chegou a receber a carta, não há como saber.

Este documento está presente tanto no Resident Evil original quanto na recriação do primeiro jogo.


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