Mortal Kombat: Ranqueamos todos os subchefes

O início da jornada de Mortal Kombat na era PS2/Xbox não foi muito feliz. Durante os anos em que a franquia tentou seguir pelo combate tridimensional, nenhum jogo obteve tanto sucesso — em termos de crítica, principalmente.

Deadly Alliance, o sucessor do não tão amado Mortal Kombat 4, trouxe uma história que colocava Shang Tsung e Quan Chi como os principais antagonistas. Embora ambos os vilões sejam excelentes enquanto personagens, eles não são os oponentes mais intimidadores do mundo - ainda mais considerando que eles já eram controláveis em títulos anteriores, e por isso já sabíamos o que esperar dessa dupla, de certa forma.

Inevitavelmente, essa mesma sensação foi passada aos jogadores por meio do subchefe do jogo. Moloch não apenas possuía um design extremamente genérico (esse, com certeza, era o principal problema) como servia dois vilões cujos poderes nunca pareceram tão assustadores em títulos anteriores quando comparados com o de Raiden, por exemplo. Será que alguém realmente gosta do Moloch?

Uma fusão inusitada. Né? Em Mortal Kombat: Deception, o melhor da era 3D para muitos jogadores (e para o próprio Ed Boon), o mundo conheceu Noob-Smoke, a união de Noob Saibot e Smoke, dois dos Lin Kuei mais respeitados de todos os tempos.

Embora estejamos falando de lutadores extremamente populares, esse subchefe acaba passando pelo mesmo problema de Shang Tsung e Quan Chi em Deadly Alliance: é difícil se sentir intimidado por inimigos que já controlamos em tantos jogos.

Ao menos os golpes deles eram mais interessantes do que os de Moloch, e o próprio sistema de combate do jogo era muito superior ao do título anterior. No entanto, ele ainda não chega aos pés dos dois primeiros personagens da lista.

Se você jogou Mortal Kombat 2 antes do primeiro jogo, provavelmente prefere o Kintaro ao Goro. Isso é totalmente justificável. No entanto, é fato que Kintaro, de certa forma, é apenas uma cópia do primeiro lutador de quatro braços da série.

A principal diferença de Kintaro em relação ao Goro, pensando nos dois primeiros jogos, está na proporção dele quando comparado aos demais personagens jogáveis. Por questões de tecnologia, o Goro original não parecia tão maior do que os oponentes, enquanto Kintaro era claramente mais ameaçador visualmente, parecendo ocupar mais espaço e até ter mais alcance.

Contudo, ainda existem outras duas criaturas mais interessantes do que ele.

As variações de Mortal Kombat 3, assim como o jogo original, são lembradas com muito carinho pelos fãs da trilogia clássica. Com uma atmosfera mais sombria do que a dos títulos anteriores, junto de uma jogabilidade mais complexa, o mundo de MK3 é fascinante e traz dois combates finais adequadamente desafiadores contra Motaro e Shao Kahn.

É claro que a lista dos melhores chefões de Mortal Kombat ainda será criada, e Shao Kahn com certeza estará nela. No entanto, hoje, estamos aqui para exaltar o vilão quadrúpede capaz de se teletransportar e fazer jogadores sentirem vontade de jogar o controle na parede.

Não era tão comum na época (ou mesmo hoje) enfrentar seres quadrúpedes em jogos de luta. Essa mudança, que pode ter sido chocante demais para alguns fãs, mostrou a coragem da equipe por trás de Mortal Kombat e acabou se mostrando uma aposta certeira.

.. Pelo menos antes de Mortal Kombat Armageddon destruir a imagem de Motaro para sempre, fazendo com que ele deixasse de ser um centauro e se tornasse um cosplay do Senhor Tumnus, de As Crônicas de Nárnia. Mas, no passado, ele era um vilão respeitável.

É impossível falar em subchefe de Mortal Kombat e não se lembrar do Goro. Tanto que, antes mesmo dele aparecer nessa lista, já o citamos mais de uma vez.

Goro e Shang Tsung eram uma dupla incrível. Ambos não podiam ser controlados pelo jogador no primeiro game e, portanto, pareciam entidades malignas intocáveis contra quem teríamos de apostar todas as nossas fichas.

Os combates em si nem eram tão desafiadores assim, mas enfrentar o monstro de quatro braços e o feiticeiro maligno em seguida transmitia uma sensação sem igual. Se você nunca viveu essa experiência, nunca é tarde demais: mesmo quase 30 anos depois, o primeiro Mortal Kombat continua sendo uma excelente opção para jogar com amigos ou desafiar a si mesmo.