John Kirby, o advogado que defendeu a Nintendo no histórico processo entre a empresa e o Universal Studios sobre os direitos de Donkey Kong, faleceu na última quarta, 2 de outubro, aos 79 anos, após sofrer complicações relacionadas a câncer de sangue.

Com décadas de experiência tanto no setor público quanto privado, Kirby defendeu a companhia japonesa no caso Universal City Studios v. Nintendo Co., em que o estúdio de cinema acusava a Nintendo de infringir direitos autorais do filme King Kong com o grande sucesso dos arcades Donkey Kong.

Kirby defendeu a Nintendo ao argumentar que King Kong era de domínio público, e utilizou até declarações em um caso anterior do estúdio como base de sua defesa.

John Kirby

A decisão acabou sendo favorável à Nintendo, provavelmente salvando a desenvolvedora japonesa de um impacto financeiro considerável, e mantendo todos os direitos de Donkey Kong intactos, o que serviu de fundação para seu domínio no mercado de games nos anos 1980 e 1990.

Embora a Nintendo nunca tenha confirmado a informação, há rumores de que icônico personagem Kirby recebeu este nome justamente como homenagem ao advogado, o que é reforçado no seu obituário no site Legacy.com. A Big N também lhe deu um barco de presente, que merecidamente ganhou o nome de "Donkey Kong".

Além de representar a Nintendo e corporações como Pepsi e America Online, John Kirby também teve uma carreira significativa no Departamento de Justiça americana durante o movimento dos Direitos Civis para a população afro-americana dos EUA, nos anos 1960.

Neste período de sua carreira, Kirby estudou métodos utilizados em cortes do Sul dos EUA para discriminar a população negra da região, que ajudou a formar a base para o chamado Voting Rights Act de 1965. Além disso, ele também ajudou a escoltar crianças afro-americanas em escolas que passaram a ser desegregadas pelo país.

John Kirby deixa sua esposa, dois filhos, duas filhas, dois irmãos e duas irmãs.