Nesta semana, a entidade The Enemy divulgou o que considera os maiores games do ano de 2018.

Eu, sendo uma - grande, larga e parasitária - parte desta entidade, recebi a tarefa de listar os meus jogos favoritos deste ano. No fim das contas, ela acabou sendo mais complexa do que esperava, com vários títulos excelentes deixados de fora deste Top 5.

Lembrando novamente que esta é uma lista pessoal e individual, que possivelmente não se encaixará com as suas vontades e desejos considerando que: eu não sou você.

Conversamente: você não é eu.

Qualquer crítica ou discordância poderá ser resolvida com um papo amigável ou na porrada franca, dependendo do interesse de cada um.

Com isso, vamos nessa:

God of War

Nunca fui um grande fã de God of War.

Os jogos eram divertidos, mas nunca tive o apego que muito dos brasileiro tinham por Kratos, por achá-lo um babaca culpado por quase todos os problemas da série - o que não seria um problema, se isso fosse ao menos levado em conta na maior parte do tempo.

O novo God of War, por outro lado, tem uma visão mais complexa de Kratos, sem ignorar seu passado, mas contextualizando de nova forma no cenário da mitologia nórdica.

Com o combate retrabalhado e um dos momentos mais memoráveis do ano (o barco no rio), este é um game que merece muito de sua reputação.

Red Dead Redemption 2

Red Dead Redemption 2 está longe de ser o jogo mecanicamente mais fluido do mundo - em certos casos ele parece querer se forçar contra você -, mas a Rockstar Games conseguiu (de forma responsável ou não) criar um mundo rico e esplendoroso, repleto de histórias, lugares e atividades diferentes, de tiroteios e caças até simplesmente levar uma pessoa em apuros de um ponto a outro do mapa.

 

Além disso, Arthur Morgan tem o melhor arco de um protagonista do jogo da Rockstar, passando de um jagunço genérico até uma pessoa que começa a rever as consequências - com efeito até em um jovem John Marston.

 

Dandara

No decorrer de 2018, Dandara foi o jogo em que voltava minha atenção sempre que completava algum outro título ou encontrava algum período maior de tempo livre entre grandes lançamentos.

Suas mecânicas são relativamente simples e criativa, mas a equipe do estúdio brasileiro Long Hat House conseguiu criar uma experiência desafiadora e veloz, onde o jogador precisa de reflexo e pensamento rápido para sobreviver.

Além disso, as referências e contexto envolvendo a cultura e história do Brasil são uma bela forma de compartilhar nossa visão com o resto do mundo.

Yakuza 6: The Song of Life

Sendo um convertido recente de Yakuza, o sexto jogo não é exatamente meu título favorito da série, ainda procurando firmar novas mecânicas em uma plataforma mais poderosa.

Ainda assim, todos os elementos que tornam a série tão cativante - a quest central dramática, as sidequests insanas, os minigames bizarros, a pancadaria - se mantém, criando uma grande conclusão para a saga de Kazuma Kiryu.

E qualquer jogo que inclua Beat Takeshi em seu elenco merece algum tipo de reconhecimento, seja ele o que for.

Return of the Obra Dinn

Papers, Please é um dos meus jogos favoritos de todos os tempos, então estava ansioso pelo novo projeto de Lucas Pope. E Return of the Obra Dinn é mais uma obra incrível, e talvez um dos melhores jogos de investigação já feitos.

No papel de um burocrata capaz de recriar eventos com um relógio mágico, o jogador deve descobrir o que aconteceu com cada tripulante e passageiro do navio Obra Dinn. Para isso, porém, o jogador deve realmente estudar os eventos e analisar cada um dos envolvidos.

Isso sem falar na incrível arte do jogo, que lembra games de PC clássicos dos anos 1980.