David Jaffe, diretor do primeiro God of War, revelou que o primeiro jogo passou perto de seguir a perspectiva em primeira pessoa. Originalmente, essa era a ideia. Felizmente, a versão final veio do jeito que conhecemos, com Kratos em terceira pessoa esmagando inimigos das maneiras mais brutais possíveis.

Conforme publicado pelo Kotaku, Jaffe divulgou um vídeo no próprio canal do YouTube em que revelou alguns dos segredos por trás do título que deu início à série. De acordo com ele, a versão de God of War em primeira pessoa esteve em desenvolvimento por quatro meses.

Pai e filho em God of War.

"Mas por que? Quem achou que isso seria uma boa ideia?!", você pode estar se perguntando. Ao que tudo indica, era uma questão simples de solucionar um suposto problema dos jogos em terceira pessoa: quando os inimigos e o personagem se misturam, fica difícil identificar quem você está controlando.

No vídeo, Jaffe diz: "achei que seria uma maneira muito legal de diferenciarmos a nós mesmos. Contudo, acredito que, no final, isso dificultou a emoção, o combate e a construção de personagem que eu queria alcançar."

Kratos e Atreus em God of War.

Ainda de acordo com ele, alguns dos principais motivos para lançar God of War como um jogo de ação em terceira pessoa foram imagens do jogo Ico e de uma demo de Devil May Cry — que, como sabemos, está entre os mais importantes jogos de hack and slash na história.

Considerando o sucesso do primeiro God of War, de 2005, que deu origem a uma série que se mantém viva até hoje, talvez seja seguro presumir que os jogos de ação em terceira pessoa foram a melhor escolha, de fato. Entretanto, nunca se sabe. Talvez um dia vejamos os mundos da franquia pelos olhos de Kratos.