Antes de abordar Zombieland: Headshot Fever Reloaded, jogo inspirado na franquia Zumbilândia, composta por dois filmes (muito engraçados, diga-se de passagem), preciso falar sobre o PS VR2, já que essa versão do game foi adaptada especificamente para o acessório do PlayStation 5.

Atirando em um monstro.

O dispositivo, como todos sabem, é bastante restritivo — por causa do preço salgado e, também, pela falta de interesse em jogos de realidade virtual. Além disso, tive muito pouco acesso à tecnologia antes de entrar com tudo nessa nova geração de VR.

Justamente por esse motivo, o jogo de Zombieland foi algo totalmente novo e instigante, mas exigiu pausas enormes entres as jogatinas depois da cabeça ficar girando por um tempo pela falta de costume com esse tipo de experiência.

Zombieland: Headshot Fever Reloaded, conforme mencionado acima, é uma nova versão do jogo de 2021. O game é um arcade que me lembrou dos bons tempos dos fliperamas, em que títulos como House of the Dead ainda tinham algum espaço — assim como outros jogos nos quais o controle era uma arma e você ia se movimentando pelos cenários enquanto descia bala em tudo e todos.

Zumbi ataca ao sair de carro.

Logo no início, você já entende como controlar as armas e interagir com o ambiente. O menu é todo guiado com o olho de quem joga, via eye tracking, o que torna a navegação bem mais prática.

Para as armas, é igualmente simples. Uma mão segura a arma principal, e, com a outra, você pode sacar uma secundária. Caso você decida usar os dois controles somente para segurar a arma principal, o personagem a empunha com as duas mãos, e isso melhora a estabilidade — o que é muito importante durante a jornada.

O jogo é separado em dois modos. Na “história” principal, jogadores passam por várias fases que são divididas por dificuldade, sendo que você precisa completar um percurso pré-definido enquanto destrói todos zumbis.

No processo, é fundamental cumprir objetivos para aumentar a nota em cada mapa e conseguir mais papéis higiênicos, que são as moedas do jogo para melhorar as armas. Em todas as fases, você controla o avanço do personagem apenas olhando para o local indicado, o que torna tudo mais dinâmico.

Zumbi colorido é derrotado.

O outro modo de jogo oferece alguns desafios de precisão e velocidade, também divididos por dificuldades, e oferece, em troca de pontuações melhores, mais “moeda” para se aprimorar e encarar novos obstáculos.

Esse modo pode tornar muito menos difícil a passagem por mapas já visitados. Afinal, com mais moedas, podemos investir bastante nas armas e rejogar algumas fases com a certeza de que será alcançada uma maior pontuação.

Zombieland: Headshot Fever Reloaded nos incentiva, frequentemente, a melhorar todos os aspectos citados acima. Você fica, inevitavelmente, com vontade de tentar de novo e de novo até fazer o melhor tempo possível — ou até mesmo tentar brigar pelo ranking global e ser o melhor do mundo em qualquer uma das fases.

Além disso, depois de realizar as quatro missões disponíveis em cada fase, você libera o Lado B daquele cenário, que muda completamente o caminho realizado e aumenta ainda mais o desafio.

Apesar da simplicidade evidente do jogo, você vai acabar se surpreendendo a cada fase. Inclusive, há até mesmo interações divertidas com os personagens do filme, como o Columbus, interpretado por Jesse Eisenberg.

Toda a essência de Zumbilândia está presente a todo momento, com mortos-vivos presos em máquinas de refrigerante ou até dentro de uma pista de mini-golfe.

Apesar de ser um jogo de difícil acesso, por exigir um PS VR2, Zombieland: Headshot Fever Reloaded entregou horas e mais horas de diversão com um gostinho da nostalgia dos tempos em que arcades eram febre. Além disso, existe também o já citado desafio, que nos prende e nos faz querer superar todos os obstáculos.


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Nota do crítico