Jogos da Ubisoft costumam ser enormes. Há tanto quem goste quanto quem não goste, mas fato é que você poderá se ocupar por centenas de horas em qualquer um dos Assassin's Creed mais recentes, tranquilamente.

Não bastasse o imenso jogo base de Assassin's Creed Valhalla, a expansão Dawn of Ragnarök traz ainda mais algumas boas dezenas de horas de conteúdo nas quais acompanhamos Havi (ou Odin) por Svarfenheim. Lá, encontramos os anões, nossos principais aliados na luta para resgatar Baldur das mãos de Surtur.

Baldur em Dawn of Ragnarok.
Ubisoft.

Evidentemente, pelos nomes citados, você já deve ter percebido que Dawn of Ragnarok entra de cabeça na mitologia nórdica, colocando Havi como o próprio Deus principal do panteão em questão. Essa atmosfera mágica é notável não apenas pelos nomes como também por efeitos visuais, novas habilidades, detalhes dos cenários e outras adições feitas pela Ubisoft.

Logo de cara, o visual dos inimigos tende a chamar a atenção dos jogadores. Diferentes dos humanos comuns que encontramos em Valhalla, Dawn of Ragnarok traz humanoides com pele azulada/acinzentada e detalhes que remetem à lava. Na prática, entretanto, você sentirá pouca diferença no comportamento desses inimigos e dos demais presentes no jogo base.

De muitas maneiras, é como se os inimigos apenas estivessem com uma skin diferente. Talvez a principal diferença esteja no fato de que, quando derrotados, alguns deles permitem que Havi obtenha poderes novos, bem mais folclóricos que em jogos anteriores da série.

Inimigo de Dawn of Ragnarok.
Ubisoft.

Ainda não sei como me sinto em relação à crescente aproximação de Assassin's Creed com a fantasia pura e simples. Em Valhalla, isso funciona durante alguns trechos, mas parece meio excessivo em outros. Na expansão, que é totalmente fantástica, os sentimentos mistos são uma constante difícil de evitar.

Quando falamos na essência da jogabilidade, muito pouco muda em Dawn of Ragnarok. A exploração, de forma geral, funciona de maneira muito semelhante ao que já havia sido apresentado. O mesmo vale para as missões primárias, secundárias e eventuais alvos.

Surtur em Dawn of Ragnarok.
Ubisoft.

Sem dúvida alguma, a atmosfera mágica evidencia a todo momento que estamos jogando algo à parte daquilo que já era conhecido. Habitantes diversos, paisagens com pedras flutuando no horizonte, poços de lava por cima dos quais podemos correr usando habilidades mágicas, disfarces que podemos usar para nos infiltrar em grupos de inimigos totalmente folclóricos. Sim, visualmente, as diferenças são bem óbvias. Mecanicamente, estamos fazendo de novo o que já vinha sendo feito no jogo base.

Isso não chega a ser uma crítica. Afinal, o que não falta são jogadores que se divertiram com o jogo base e podem, portanto, estar buscando por novas maneiras de aproveitar Valhalla. Dawn of Ragnarok oferece exatamente isso: uma extensão da história original. Ao mesmo tempo, não sei até que ponto o termo "expansão" se aplicaria, já que as novidades de jogabilidade são relativamente limitadas.

Pedras flutuando em Dawn of Ragnarok.
Ubisoft.

Um ponto bastante peculiar de Dawn of Ragnarok é que podemos entrar direto na expansão, sem sequer ter acompanhado a jornada de crescimento de Eivor. Se, por algum motivo, você quer pular direto para o mundo fantástico, poderá fazer isso facilmente. Essa opção também é válida para quem não pôde reaproveitar o save em uma nova plataforma ou algo do tipo.

Dawn of Ragnarok é um conteúdo adicional de peso, trazendo novas criaturas, encontros épicos, aliados cativantes e uma realidade suficientemente complexa. Na maneira como jogamos, você tende a não sentir tantas diferenças, exceto pelas habilidades mágicas. Ainda assim, para quem realmente se apaixonou pelo estilo de Valhalla, não há motivo para deixar de lado algo desse tamanho.