Alguns Youtubers brasileiros estão sofrendo com uma onda de strikes na plataforma e isso os coloca muito próximos de perder seu canal e todos os anos de trabalho que tiveram.

O strike é um aviso criado para reforçar as diretrizes da comunidade. No caso dos Youtubers que são influenciadores digitais e criadores de conteúdo, a penalização vem por causa de vídeos antigos. Com 3 strikes dados pela plataforma, o usuário tem seu canal deletado.

Vídeos antigos com músicas que anteriormente não tinham restrições de direitos autorais agora começaram a exigir o copyright — impossibilitando o uso por esses influenciadores.

Patife, um influenciador que faz lives e vídeos de gameplay, subiu um vídeo nesta quarta-feira (09) em seu canal com o título “Meu fim no Youtube - Meu canal vai ser deletado a qualquer momento”, onde comenta sobre os strikes recebidos.

No vídeo, ele também menciona que mesmo que não perca o canal, o saldo ainda será bastante negativo. Por conta dos dois strikes que tomou, ele precisou retirar do ar às pressas diversos vídeos antigos, com medo de que recebesse o terceiro strike — que o faria perder o canal.

Segundo o Youtuber, sua conta tem mais de 7.500 vídeos, e teve que deixar privado cerca de 1,6 mil deles. Essa foi uma forma que o influenciador encontrou para tentar evitar o terceiro strike, embora já tenha tentado se comunicar com o Youtube e o Google e eles afirmaram não poder fazer nada.

Segundo Patife, o strike coloca seu canal em uma lista de “canais não confiáveis” — além de diminuir drasticamente as visualizações, o que impacta diretamente na audiência, já que o algoritmo do Youtube vai entender que, como caíram as visualizações, o canal não é mais relevante.

Patife também postou outro vídeo — com cerca de 9 minutos — para explicar para seus seguidores o que aconteceu. Nesse vídeo, ele diz que o que causou os strikes foi uma introdução de seus vídeos antigos, que, na época, era livre de direitos autorais, mas foi comprada por uma empresa e agora exige o copyright.

Em vídeos mais recentes, o que aconteceria seria um “flag” — a reivindicação — e a retirada da monetização do conteúdo. Quando um conteúdo é postado no canal que não é o oficial responsável pela música, uma bandeirinha verde aparece avisando que a monetização vai toda pro canal oficial.

Além disso, ele também menciona que algumas empresas são mal intencionadas e, quando compram os direitos autorais de uma música assim, dão dois strikes no canal para poder chantagear o influencer — pedindo por dinheiro para que o terceiro strike não aconteça.

Patife não foi o único: o youtuber Viniccius13, que faz vídeos de Minecraft, também publicou em seu Twitter na terça-feira (08) que havia sofrido dois strikes e que o canal poderia ser excluído a qualquer momento.

Nesta quinta-feira (10), o Youtuber Rato Borrachudo também publicou em seu Twitter avisando que levou um strike. Além disso, diversos outros youtubers também estão entre os prejudicados com os strikes e correndo o sério risco de que seu canal — e seu trabalho e esforço de anos — seja deletado da plataforma.

Além disso, diversos fãs e até mesmo grandes influenciadores — como Felipe Castanhari e Felipe Neto —foram às redes sociais para protestar e pedir para que o Youtube faça alguma coisa e dê uma resposta rápida sobre os casos.

Até o momento da escrita desta matéria, o Youtube não se pronunciou. Caso haja um pronunciamento, a matéria voltará a ser atualizada.