Em 2013, a Valve anunciou seus planos de entrar no mercado de hardware de PC - e até, quem sabe, competir diretamente com o PlayStation 4 e Xbox One - com as Steam Machines, computadores criados por vários fabricantes (incluindo a Alienware e Maingear) sob as especificações da produtora de games que ficariam na sala de estar e preferencialmente conectados a televisores.

Na época, muitos questionaram o interesse do público no conceito de um híbrido entre PC e consoles. E, pelo visto, eles estavam certos.

Agora, 5 anos - e um longo período de silêncio - depois, a Valve parece ter admitido derrota, removendo na surdina a seção de Steam Machines no catálogo de hardware do Steam.

Há vários motivos para o fracasso das Steam Machines, entre eles o alto custo dos vários fabricantes - a versão mais barata do modelo da Alienware, por exemplo, fica na casa dos US$ 500 -, os problemas do sistema operacional SteamOS em relação ao Windows, que tinha compatibilidade com mais jogos e menos instabilidade, e a simples falta de interesse do público em um produto como este.

Isso sem falar nos diversos atrasos na venda das máquinas, que só foram realmente disponibilizadas no mercado em 2015, a este ponto com as salas de estar em potencial já dominadas pelo PS4 ou Xbox One. Desde então, pouco ou nada se ouviu falar destes dispositivos.

Não bastasse isso, a própria Valve chegou a criar uma opção com custo-benefício significativamente melhor para o consumidor: o Steam Link, um aparelho de streaming capaz de capturar e reproduzir o sinal de um jogo no PC para outro local da casa com um tempo de lag mínimo.

De qualquer forma, mesmo com as Steam Machines não sendo a revolução que a Valve esperava, elas ainda trouxeram avanços importantes para a plataforma da Valve, em particular o Steam Controller e o modo Big Picture, interface criada especialmente para ser navegado por um controle.

Ainda é possível acessar as páginas das Steam Machines, embora não por meio da Home ou aba de hardware do serviço da Valve.