O momento é de tumulto e clima de despedida no Twitter. Na noite da última quinta-feira (17), a rede social aparentemente perdeu cerca de 75% de seus funcionários, que preferiram deixar a empresa do que seguir com a gestão de Elon Musk. Sem funcionários e com as portas fechadas, os usuários aguardam o fim iminente do site.  

De acordo com a apuração do The New York Times e The Verge, a tarde da quinta-feira (17) era o prazo limite para que os funcionários respondessem um questionário no Google Forms enviado por Musk

Imagem de Elon Musk
Reprodução: Daily Telegraph

Caso a intenção fosse permanecer na empresa e aceitar as condições de trabalho e mudanças planejadas pelo novo CEO, era necessário responder “sim” no formulário – e, aparentemente, a maioria respondeu “não”. 

O resultado da pressão de Musk ao seu novo regime foi uma onda de demissão em massa – estipula-se que mais da metade dos 7,5 mil funcionários deixaram o Twitter até a tarde de ontem. Ainda não se sabe se a rede social vai conseguir se reerguer. 

Foto da sede do Twitter após demissão em massa
Reprodução: JoshuaPHill/Twitter

Conforme o tumulto se desenrolava, Zoë Schiffer, do Plataformer, informou que o Twitter fechou todos os seus prédios e suspendeu a entrada dos funcionários. É esperado que as sedes da rede social reabram as portas apenas na próxima segunda-feira (21). 

Também de acordo com a jornalista, Musk e a diretoria da rede social estão “aterrorizados” e tentando discernir quais funcionários precisam ter o acesso aos prédios suspenso. 

A saída em massa foi marcada por diversos protestos ao novo CEO. Na sede do Twitter em São Francisco, ex-funcionários espelharam mensagens no prédio. 

“Elon Musk: puxa saco de ditador, oligarca sem lei, colonizador inseguro, colecionador cruel, garotinho mediocre, privilégio pressurizado, racista insignificante, megalomaníaco, bilionário inútil, bebê da falência, parasita supremo”, diz uma delas. 

Enquanto aguardam o fim iminente, usuários estão publicando confissões, despedidas e, é claro, memes. 

Não bastasse a onda de demissões, a Comissão de Comércio Federal estadunidense (FTC) está prestes a iniciar uma investigação sobre a nova gestão do Twitter. Na manhã da quinta-feira (17), senadores americanos enviaram uma carta para a comissão pedindo a verificação de infração de privacidade do consumidor por parte do novo Twitter de Elon Musk (via IGN). 

Diante do grande tumulto causado em menos de um mês de gestão, rumores apontam que Musk já considera abandonar o comando do Twitter. De acordo com a Reuters, teria dito a investidores e a um juiz que planeja “reduzir seu tempo no Twitter e encontrar outra pessoa para administrá-lo”, informando que sua posição como CEO é apenas temporária.

A compra do Twitter, por si só, foi um processo conturbado e finalizado atrás de portas. Musk fez a oferta de compra do Twitter por US$ 44 bilhões em 13 de abril

Imagem de Elon Musk

Em julho, Musk anunciou que tinha desistido da compra, dizendo que a empresa "violou várias disposições do contrato". Contudo, depois o empresário voltou atrás e a proposta foi aceita pela rede social apenas no dia 25 de outubro. 

Após demitir a liderança e assumir como CEO, Musk instaurou uma gerência envolta por muito tumulto e confusão. A primeira grande atitude do empresário foi cobrar uma nova mensalidade pelo Twitter Blue, que passou a incluir o selo de conta verificada. 

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Com a possibilidade de burlar a verificação de contas com o pagamento da taxa, usuários fizeram uso do selo para se passar por marcas de games como a Nintendo, Rockstar, Twitch e mais. A gestão de Musk tentou mitigar o problema com a adição da marca “Oficial”, que acabou causando ainda mais confusão na rede social. 


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