Shadowlands quer ser ponto de retorno para fãs que deixaram World of Warcraft

A Blizzard planeja fazer de Shadowlands, o oitavo pacote de expansão para o MMORPG World of Warcraft, o melhor ponto de reentrada para jogadores que curtiam o jogo, mas o deixaram para trás em algum momento.

“Encontrar maneiras para facilitar o retorno de velhos jogadores que deixaram o game para trás é um objetivo no qual eu investi muito tempo pessoal,” garante Kevin Martens, que encabeça o time de design de World of Warcraft, em entrevista ao The Enemy.

“Quando você retorna para WoW depois de muito tempo, pode ser legal ver tudo o que aconteceu quando você tava fora, e poder enfrentar esse conteúdo de uma vez só,” explica. “Mas isso também pode ser um pouco sufocante. É algo que pode fazer com que o jogador sinta-se perdido, e acabe desistindo de voltar.”

Martens explica que foi pensando nestes jogadores que o time de desenvolvimento concebeu as novas áreas introdutórias de Shadowlands, que ensinam (ou relembram) conceitos básicos da experiência com sequências de missões inéditas específicas para cada uma das classes jogáveis do RPG.

“Mas o melhor jeito de retornar para World of Warcraft é ao lado de um amigo - e também criamos ferramentas que vão facilitar este processo, como o sistema melhorado de busca por grupos e a nova função de pings no mapa,” afirma o designer, que ainda sinaliza que a Blizzard deverá divulgar em breve conteúdo direcionado especificamente para jogadores que cogitam voltar ao WoW à tempo da expansão.

Para tentar motivar outros jogadores veteranos a retornar ao game, Martens ainda apontou para as novidades que a Blizzard está preparando para a franquia com a expansão. “Nós vamos explorar uma dimensão nova deste universo, e vamos responder perguntas sobre necromancia, sobre a origem do Flagelo e mais - coisas que nunca havíamos explorado à fundo antes em Warcraft.”

Após Sylvanas Windrunner destruir a coroa do Lich Rei, o elo entre Azeroth e um plano paralelo de existência chamado Terras Sombrias ficou escancarado. “Nós finalmente vamos explorar a pergunta, ‘O que acontece quando uma pessoa morre em Azeroth?’ Obviamente o jogador é capaz de renascer, mas as pessoas que não têm esse poder - o que acontece com elas? É uma ideia que estamos empolgados para expandir.”

Testamos

Durante um teste de algumas horas do Beta de Shadowlands, tivemos a oportunidade de experimentar alguns dos principais momentos do início da nova história, como a cena que leva o herói do trono do Lich Rei à dimensão paralela que dá nome à expansão.

O grande destaque da expansão parece ser a existência dos Pactos - quatro facções que habitam as Terras Sombrias e têm seus próprios meios e fins. O jogador pode atrelar seus personagens a um dos Pactos ao longo de sua jornada, em troca não apenas de poderes exclusivos, mas também de sequências de missões e tipos de conteúdo únicos.

Logo de cara, as diferenças entre os Pactos ficam bem claras - elas vão muito além da mera estética. A sequência introdutória dos Kyrianos, por exemplo, leva o jogador por um passeio pelo Bastião, uma região próspera das Terras Sombrias habitada por criaturas angelicais que são pessoas que viveram de maneira honrada e foram reencarnadas. Já o primeiro vislumbre do mundo sob a ótica dos Necrolordes, que cuidam dos exércitos que protegem as Terras Sombrias, inclui uma sequência de pancadaria generalizada com várias abominações em uma espécie de arena para gladiadores.

Ao longo da expansão, mais e mais diferenças entre os Pactos serão reveladas aos jogadores. Alguns terão acesso a uma ferramenta para criar abominações companheiras, e outros a uma versão mais elaborada do sistema de cultivo de fazendas de Mists of Pandaria, por exemplo. É uma perspectiva animadora para um jogador como eu, que deixou World of Warcraft para trás por volta da expansão estrelada pelos Pandaren por acreditar que as experiências estavam ficando homogeneizadas demais entre todas as raças e facções.

A oitava expansão de World of Warcraft, Shadowlands sairá para PC e Mac ainda em 2020.