Lançado em 2015, Dying Light conquistou uma boa quantidade de fãs com seu sistema de parkour e com um ciclo de dia e noite desafiador, que tornava inimigos mais fortes quando o Sol se punha.

Com Dying Light 2, no entanto, a desenvolvedora polonesa Techland parece querer levar o jogo em uma nova direção para dar sequência à sua franquia: o parkour e zumbis continuam lá, mas o foco dessa vez vai em uma narrativa complexa que promete deixar os rumos da história completamente nas mãos do jogador.

Durante a E3 2019, pudemos assistir a uma demo de cerca de 40 minutos do jogo que mostrou os esforços da produtora para trabalhar a narrativa de Dying Light 2, incluindo múltiplos pontos de decisão que influenciam a direção que a história tomaria.

As possibilidades são tantas que a Techland afirma que uma única travessia da campanha mostrará, no máximo, 50% de todo o conteúdo disponível no game ao jogador. A empresa não confirma quantos são os finais possíveis, mas a expectativa é que a história do jogo ofereça ao menos 20 horas de conteúdo em uma única travessia.

Em Dying Light 2, o jogador acompanha a história de Aiden Caldwell, personagem que colabora com uma série de facções para melhorar as condições de vida dos sobreviventes da cidade do jogo. O título, vale lembrar, se passa 15 anos após os evento do primeiro jogo da franquia, o que significa que o vírus responsável pelo apocalipse zumbi da série já teve tempo de evoluir consideravelmente – e sim, isso significa que novos inimigos existirão no game.

Na demo que assistimos, Aiden precisa se encontrar com um líder de facção apelidado de Coronel, líder dos Renegades e responsável por um território que contém uma represa com água o suficiente para abastecer a cidade - que já está próxima de esgotar seu suprimento. Além de Aiden, fazem parte da reunião duas outras facções da cidade, os Peacekeepers e os Scavengers.

No entanto, o primeiro encontro com os homens do Coronel dá errado e Frank, um dos aliados de Aiden, é baleado durante uma briga. O incidente força o jogador a fazer a primeira decisão da demo: perseguir a van com os homens do Coronel em fuga ou ficar com Frank. A demo seguiu a primeira opção, o que leva Aiden à uma sequência de perseguição da van ao melhor melhor estilo Dying Light.

Divulgação/Techland

O trecho deixa claro que as mecânicas de parkour e travessia de edifícios continuam sendo o forte da série, permitindo que o personagem se mova com agilidade para se deslocar entre prédios e por dentro de imóveis abandonados repletos de zumbis.

Com um novo engine gráfico, Dying Light 2 também tem alguns novos truques na manga: é possível, por exemplo, usar um zumbi para “amortecer” uma queda; pular de parede para parede, e uma asa-delta capaz de fazer com que o protagonista plane por distâncias grandes demais para se cobrir em apenas um salto. O grappling hook disponível no game anterior, aliás, também está de volta, mas agora desempenha um papel extra durante o combate – como uma ferramenta para puxar inimigos em sua direção.

Após alcançar o veículo, Aiden tem a opção de executar o motorista ou poupá-lo – durante a demo, o desenvolvedor optou por deixá-lo vivo, o que logo se mostrou uma decisão valiosa, já que o piloto da van era o único que conhecia o código para abrir os portões da fortaleza do Coronel.

Segundo os desenvolvedores, se o jogador tivesse perdido a van durante a sessão de parkour ou se tivesse optado por matar o motorista, teria que encontrar um caminho alternativo bem mais complexo para entrar na fortaleza, já que não conseguiria abrir os portões com a ajuda do piloto.

Depois de se infiltrar na base, Aiden se impressiona com o como a o local é bem organizado e se questiona sobre a fama de “açougueiro” do Coronel. No entanto, o protagonista logo descobre que Frank morreu – possível resultado da decisão de tê-lo deixado para trás para perseguir a van – e decide confrontar o Coronel e exigir a abertura das válvulas.

A personagem explica ao protagonista que o assassinato de Frank não é sua responsabilidade, mas um truque dos Peacekeepers para que ele esvazie seus reservatórios de água, o que permitiria que seu território fosse tomado pela facção rival. Novamente, Aiden tem a escolha de confiar no Coronel ou de abrir as válvulas.

Divulgação/Techland

Com a abertura da válvulas na demo, toda a água do reservatório é esvaziada – revelando uma espécie de bairro submerso que se tornará uma nova área explorável do mapa a partir de então. No meio das ruínas que estavam submersas, no entanto, novos zumbis cobertos de espinhos surgem, oferecendo um novo desafio para o jogador. Como previsto pelo Coronel, as tropas dos Peacekeepers também avançam pelo novo território para atacar sua fortaleza.

Dying Light 2 tem lançamento previsto para o início do ano que vem e chega para o PlayStation 4, Xbox One e PC.