Depois de Resident Evil 5, faria sentido presumir que a série estaria encerrada. Afinal, com o grande triunfo de Chris Redfield sobre Albert Wesker após tantos anos, que outras histórias ainda seriam contadas?

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Ah, a inocência da juventude.

Tiroteio em Raccoon City.
Capcom.

Na época, eu estava começando o terceiro colegial. O ano era 2012, um período de bastante expectativa para os fãs de Resident Evil mais bem informados. Nem passava pela minha cabeça que, naqueles 12 meses de uma década atrás, duas bombas seriam lançadas.

Neste domingo (20), Resident Evil: Operation Raccoon City completará exatos dez anos. O jogo ficou conhecido por triplicar a aposta na ação, que já havia sido dobrada com Resident Evil 4 e Resident Evil 5. Obviamente, pelo título do texto, você sabe que isso não funcionou tão bem.

Retornar a Raccoon City era algo que, já naquela época, eu desejava com todas as minhas forças. Foi lá que tudo começou. Foi lá que tantos se apaixonaram pela franquia. Não tinha como dar errado, né?

Bom, tinha. E deu bem errado.

Zumbis de Resident Evil.
Capcom.

Com um elenco de personagens fraquíssimo, história bastante questionável e referências aleatórias aos três primeiros jogos da série, Resident Evil: Operation Raccoon City era o clássico spinoff com potencial que acabava dando errado por sabe-se lá que motivo.

Sem dúvida alguma, existiam lacunas deixadas pelos três primeiros jogos dignas de atenção. Explorar Raccoon City novamente era uma ótima oportunidade para aprofundar a mitologia da série, trazendo novos combates com armas biológicas icônicas, segredos sobre a Umbrella e muito mais.

No entanto, tivemos de nos contentar com um jogo de tiro genérico cujas qualidade só podiam ser realmente aproveitadas quando no cooperativo. Acredite: Operation Raccoon City pode ser bastante divertido quando jogamos com outras pessoas, mesmo hoje em dia.

Contagem regressiva em Operation Raccoon City.
Capcom.

Infelizmente, jogar sozinho acabou sendo bastante decepcionante, no meu caso. Depois desse jogo, pensei que não faria mais sentido insistir em Resident Evil. Os personagens que eu amava já pareciam ter tido as próprias histórias fechadas. Tudo o que viesse depois de Resident Evil 5 seria dispensável, na minha cabeça.

Hoje em dia, sei que eu estava completamente errado. A reformulação da série que veio com Resident Evil 7 foi fenomenal. Resident Evil Village também soube se beneficiar do que o sétimo game numerado fez, embora já tenha me deixado preocupado em relação ao nono.

De qualquer forma, eu não queria deixar a semana de aniversário de Operation Raccoon City passar em branco. Olhando em retrospecto, talvez eu simplesmente tenha jogado no período errado e do jeito errado... Ou não, porque não senti vontade alguma de jogar asssistindo aos gameplays disponíveis no YouTube.

Mr. X em Operation Raccoon City.
Capcom.

Enfim, pode ser que esse jogo tenha deixado minhas expectativas tão baixas que, quando Resident Evil 6 chegou, eu até fui positivamente surpreendido. Por alguns bons meses, eu consegui me enganar dizendo que Resident Evil 6 era incrível. Mas isso é história para outro dia.

Parabéns, Resident Evil: Operation Raccoon City!