Por motivos que já estamos cansados de saber, 2020 foi um ano extremamente caótico. O The Enemy não escapou disso, e passamos por inúmeras dificuldades e barreiras durante o período de pandemia.

A mudança pro home office, as despedidas de nossa equipe e do Omelete como um todo... muita coisa aconteceu em bem pouco tempo.

Felizmente, ainda tivemos um tempinho para fazer o que mais gostamos - e o que, de certa forma, nos uniu como equipe. Não zerei tantos jogos quanto gostaria em 2020, principalmente por ter focado mais nos esports devido a algumas mudanças internas, mas consegui brincar bastante em vários títulos de destaque, incluindo 4 dos 6 indicados ao Jogo do Ano no The Game Awards.

Em clima de despedida, e com muito a agradecer por essa equipe maravilhosa, que me acolheu desde 2018, quando eu não sabia absolutamente nada sobre games, deixo meus cinco jogos preferidos deste ano:

Hades

Hades

Que jogo melhor para descrever 2020 senão um que é completamente baseado em repetidos fracassos?

Brincadeiras à parte, Hades conquista primeiro por sua direção artística, que poderia tranquilamente ter superado Ghost of Tsushima no The Game Awards. Tudo é muito bonito e interessante, com destaque para as ilustrações de cada um dos personagens.

Depois, Hades te conquista pelo gameplay liso e satisfatório, que fica totalmente diferente a cada tentativa de escapar do Inferno. Como cereja no bolo, diálogos, dublagem e uma trilha sonora cativante completam o meu jogo favorito deste ano.

Supergiant Games/Divulgação

Final Fantasy VII Remake

Final Fantasy VII Remake

Como pessoa que mal jogou o game original, mas conhece bem os trabalhos mais recentes de Tetsuya Nomura, Final Fantasy VII Remake é tudo que eu esperava: um jogo onde tudo precisa ser um grande evento apoteótico, com batalhas e músicas épicas; pra mim, isso encaixa muito bem, mas pra outros - como meu colega Guilherme Dias - pode soar cafona.

Claro, FFVII tem momentos de revirar os olhos, mas tudo é compensado pelas animações extremamente bem feitas e uma trilha sonora inquestionavelmente digna do The Game Awards. Misturando isso com uma bela história e um sistema de combate delicioso, o RPG certamente será lembrado por mim com bastante carinho.

Square Enix

Ghost of Tsushima

Ghost of Tsushima

Que jogo bonito, na moral. Poucas vezes um mundo aberto clicou tanto pra mim quanto em Ghost of Tsushima. Qualquer cantinho trazia alguma surpresa pra ser explorada, e tudo te incentiva a conhecer os belíssimos lugares da ilha japonesa.

Ainda que siga bastante da fórmula da Ubisoft, Ghost of Tsushima consegue ter bastante identidade própria, sendo carismático o suficiente para marcar o jogador e instigá-lo a continuar se aventurando. O enredo podia ser um tequinho melhor? Com certeza, mas não paga o brilho de um mundo tão bem construído.

Sony Interactive Entertainment/Divulgação

Valorant

Valorant

Ainda que tenha vários problemas, Valorant entra nessa lista pelo potencial enorme que já mostrou dentro dos esports. O game é, provavelmente, o primeiro nome de peso a ser desenvolvido com o competitivo em mente desde o princípio.

A execução do First Strike em escala global pareceu um sucesso absoluto, e o jogo ganhou muito destaque no cenário norte-americano, aproveitando-se de um ano em baixa no CS:GO. Com um calendário bem estruturado para 2021, a Riot deve conquistar ainda mais espaço entre a comunidade do esporte eletrônico.

Riot Games/Divulgação

Kingdom Hearts Melody of Memory

Kingdom Hearts: Melody of Memory

Não tem como encerrar essa lista sem minha franquia queridíssima. Melody of Memory é uma linda homenagem pro trabalho de Yoko Shimomura, compositora que trabalha com a série desde o primeiro game, e esbanja seu talento no game rítmico.

Claro que, como todo trabalho de Nomura, o jogo é cheio de perguntas sem respostas para o futuro da série. Ainda assim, são muitas músicas que deixam o jogador com o coração quentinho enquanto joga. Um verdadeiro presente para os fãs.

Square Enix/Divulgação