Concebido inicialmente como um "Resident Evil 4 no espaço", Dead Space acabou ganhando mais personalidade ao longo da produção e excedendo expectativas.
O survival horror desenvolvido pelo finado estúdio Visceral Games revitalizou o gênero em 2008 não apenas com uma atmosfera de gelar a espinha, mas com também com um excelente game design. O combate com desmembramentos, o conjunto com armas que na verdade são ferramentas, a exploração em gravidade zero e vários outros elementos fizeram de Dead Space uma experiência que, mesmo 12 anos depois, ainda é muito gostosa de jogar.
A história se passa no ano de 2508 e acompanha o engenheiro Isaac Clarke em busca por sua namorada Nicole, que desapareceu a bordo da Ishimura, uma nave mineradora que ficou incomunicável. Ele eventualmente descobre que o local está dominado por monstros assassinos conhecidos por "necromorphs" e precisa encontrar Nicole e sair de lá.
Dead Space é também um aula de imersão em narrativa interativa, com a presença de uma interface diegética (ou seja, inserido e justificado dentro do mundo ficcional) e um design de som excepcional. Pessoalmente, eu evito jogos de terror ou survival horror pelo excesso de stress que me causam, mas Dead Space é tão bom - mas tão bom! - que me fez superar essa barreira e me abrir para uma excelente experiência single player.
Portanto, se você tiver esse problema como eu, preciso insistir na recomendação: essa campanha vale a perturbação que você venha a ter.
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