Após uma temporada de um ano em Washington DC, capital dos Estados Unidos, a série Tom Clancy's The Division está de malas quase prontas para voltar para Nova Iorque, ambientação do primeiro jogo da franquia.

Expansão que marca a chegada do Ano 2 de Tom Clancy's The Division 2, Warlords of New York foi anunciada oficialmente nesta terça-feira (11) pela Ubisoft e promete expandir a história do jogo retomando a história de um antagonista conhecido da franquia – Aaron Keener, ex-agente da Divisão que ao final da história do primeiro jogo.

Como era de se esperar, é claro, a expansão também promete uma boa quantidade de novos equipamentos, habilidades e um amplo mapa para ser explorado, além de mudanças no endgame e na Zona Escura que devem resgatar o interesse da base de jogadores do shooter multiplayer da empresa.

O The Enemy pode jogar pouco menor de duas horas de uma build ainda não finalizada de Warlords of New York, mas incluindo uma das novas missões de história e uma missão paralela que farão parte da expansão, que chega oficialmente no dia 03 de março no PlayStation 4, Xbox One, Stadia e PC.

De volta à Nova Iorque – agora de verdade

Divulgação/Ubisoft

O retorno à Manhattan, vale ressaltar, não é necessariamente uma surpresa para jogadores de The Division 2. A Ubisoft e a produtora Massive Entertainment já tinham feito um teaser dessa volta às origens através do episódio três do jogo, ambientado em Coney Island.

Com lançamento previsto para este mês, o episódio foca em uma missão de resgate de Vitaly Tchernenko, virologista que é uma das últimas esperanças para a produção de um antiviral capaz de combater a epidemia que devastou o mundo do jogo.

Em Warlord of New York, no entanto, os agentes da Divisão desembarcam oficialmente na região sul de Manhattan, dois meses após os eventos de The Division 2 e oito meses após The Division original.

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Além de ser uma região da cidade não explorada no primeiro jogo da série, Lower Manhattan passou por mudanças drásticas nos meses que antecedem Warlords of New York por conta de um furacão, que deixou novas marcas de destruição na já devastada Nova York pós-apocalíptica de The Division e promete uma perspectiva nova da cidade para jogadores.

Os efeitos da tempestades, aliás, podem ser vistos por todos os lados da cidade – de ruas estreitas cheias de entulho aos seus prédios destruídos. Ocasionalmente, inclusive, o sistema clima dinâmico de The Division também resolve lançar chuvas torrenciais acompanhadas por neblina em cima do jogador que ajudam na imersão – as chuvas, aliás, também parecem bem mais intensas agora do que eram em Washington DC.

Explorando a Lower Manhattan recriada em escala 1:1, os jogadores deverão buscar Aaron Keener. Ao melhor estilo Far Cry 5, o vilão, é claro, subdivide a área dominada entre quatro de seus tenentes. A história de Warlords of New York coloca o jogador em uma caçada por cada dos chefes regionais – que poderá ser feita em qualquer ordem – e, finalmente, contra o próprio Keener.

Durante nosso teste, pudemos enfrentar o tenente Theo Parnell em um antigo presídio da cidade.

Pequenos ajustes e novidades

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Apesar na nova narrativa, Warlords of New York não acrescenta tanto assim a The Division 2 quando o assunto é gameplay, com mecânicas de tiro e uso das habilidades que seguem os mesmos.

Talvez a única diferença notável esteja no balanceamento dos inimigos – agora, os adversários de alto nível parecem consideravelmente mais fáceis de abater. Pode parecer uma mudança simples, mas quem gastou algumas horas em The Division 2 vai saber que alguns inimigos são insuportavelmente chatos de se derrotar, já que são esponjas quase infinitas de balas.

Além disso, é claro que um game da Ubisoft vai trazer muito mais conteúdo em uma expansão de grandes proporções: mais armas e itens estão a caminho de The Division 2, dando ainda mais variedade para o arsenal de cada jogador, além de um nível máximo atualizado para 40.

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O destaque fica com as novas habilidades obtidas ao derrotar cada um dos quatro tenentes de Aaron Keener. Durante nosso teste, pudemos experimentar rapidamente a habilidade Decoy de Parnell, que cria um holograma de seu personagem para confundir os inimigos. Para conquistá-la, foi necessária uma batalha intensa, mas um tanto quanto repetitiva, contra o personagem e sua enxurrada de torres e clones holográficos imunes a dano dos jogadores.

Olhando por um ângulo mais amplo, no entanto, há várias coisas que estão diferentes graças à expansão: os menus de armas e habilidade estão repaginados, facilitando a construção de diferentes builds e o entendimento de quais os melhores equipamentos para cada situação.

As Dark Zones, destaque no primeiro game, também foram simplificadas. No jogo base, havia várias diferenciações entre os tipos de Rogue – basicamente, jogadores que estão se predispondo ao PvP nessas áreas do mapa. Agora, só haverá a opção de ser ou não um Rogue, sem meios termos.As Dark Zones, no entanto, infelizmente ficaram de fora do período de teste que tivemos com o jogo.

Todos bem-vindos

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Com a chegada de Warlords of New York, a Ubisoft antecipa uma nova onda de interesse pelo jogo multiplayer – o que, é claro, significa que novo jogadores deverão entrar pela primeira vez em The Division 2. Para isso, título permitirá que novos jogadores criem um personagem de nível 30 para embarcar diretamente na campanha de Warlords of New York, nível mínimo necessário para as missões do DLC.

A expansão também marca a chegada de um novo sistema de temporadas trimestrais, que promete a adição de novos trechos da história, novas armas, itens cosméticos e equipamentos a cada três meses – tudo, é claro, com o objetivo de continuar engajando a comunidade do multiplayer cooperativo e competitivo de The Division.

A dúvida ainda persiste, no entanto, se a nova expansão será capaz de reduzir um dos principais problemas de The Division 2: a repetitividade que estava no jogo base. Por mais que o gameplay seja divertido, suas missões eram todas muito parecidas e seguiam a fórmula cansada de “vá até tal lugar, atire em todo mundo e vá embora depois de interagir com algum objeto”.

Nas primeiras horas, isso era sustentado pelo gameplay divertido e intenso do jogo, mas que logo se tornava muito chato conforme o tempo de jogatina se estendia. Caso a Ubisoft consiga encaixar missões que engajem a comunidade de diferentes formas ao longo de Warlords of New York, essa pode ser uma redenção interessante para o game.

The Division 2: Warlords of New York será lançado em 03 de março para PlayStation 4, Xbox One e PC. Além da expansão base, que custará R$ 99,99 no PlayStation 4 e Xbox One e R$ 89,99 no PC, uma edição definitiva com o jogo base acompanhado da expansão será lançado por R$ 229,99 no PlayStation 4 e Xbox One e por R$ 179,99 no PC.

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The Division 2
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