Também durante a Brasil Game Show 2019, o The Enemy teve a oportunidade de testar Project REsistance, o novo jogo da franquia Resident Evil que apresenta uma jogabilidade multiplayer assimétrica - ou seja, coloca 4 jogadores contra 1.

Antes de mais nada, vale lembrar que o jogo está em desenvolvimento e a versão de testes que estava na feira está em fase inicial. Portanto, o título pode mudar muito em uma próxima demonstração - incluindo o nome do jogo, que ainda não foi decidido.

Dito isto, preciso ressaltar como a jogabilidade com os 4 sobreviventes está parecida com a de Resident Evil 2 Remake, o que é ótimo; porém, a interface está 200% mais poluída, o que pode incomodar os puristas de plantão.

Cada um dos sobreviventes tem uma habilidade pessoal única e o objetivo principal é fugir dos laboratórios, atravessando um labirinto de salas resolvendo puzzles e lidando com os inimigos e as armadilhas que o vilão, o Mastermind, vai colocando no caminho.

As habilidades pessoais são as seguintes: January consegue usar suas habilidades de hacker para desligar câmeras de segurança e outros gadgets do Mastermind; Valerie é a curandeira e pode marcar itens no cenário, facilitando a busca; Tyrone é o tank e consegue aplicar um “buff” em seus companheiros; e Samuel pode executar ataques com grande dano corporal.

A cada inimigo derrotado ou mini-objetivo concluído, os personagens ganham mais tempo para conseguir concluir o objetivo principal. E se eles morrerem, retornam após um certo período em uma sala específica do mapa.

Também é possível comprar itens como armas, munição, cura, dentre outros, nos baús espalhados pelo mapa. Para adquirir os objetos, basta trocá-los pelos Umbrella Credits que os personagens vão acumulando.

Listando todos os recursos e habilidades dessa forma faz parecer que o jogo é bonito e divertido, mas na verdade, ele é um pesadelo de desequilibrado, especialmente quando você soma o Mastermind na equação.

O vilão do jogo, controlado pelo 5º jogador, tem como objetivo principal impedir que os sobreviventes escapem e, para isso, ele pode trancar portas eletrônicas temporariamente, plantar armadilhas e montar metralhadoras nas câmeras e, claro, enviar inimigos para os locais onde estão os sobreviventes.

Dentre os inimigos que pude colocar no mapa estavam os zumbis, zumbis rastejantes, cães, Lickers e o famigerado Tyrant T-103 (mais conhecido como Mr. X), que pode ser controlado pelo jogador quando é convocado.

Vale ressaltar que existe um limite de inimigos e gadgets que o Mastermind pode aplicar em uma mesma sala do mapa, mas ele demora a ser atingido. O Mr. X, por sua vez, é um dos inimigos que mais demora a ficar disponível - talvez como forma de equilibrar um pouco mais a partida, mas ainda assim, quando ele é invocado, o estrago é incomensurável.

Ao testar os dois lados da moeda, a sensação que ficou é a de a experiência transmite algo especial para o jogador. Talvez seja o fato de ser um novo tipo de mecânica que chega à série Resident Evil? Pode ser. Ainda assim, existe algo genuinamente único nesse jogo, que ainda não consegui identificar muito bem.

O grande problema é que eu me diverti muito mais na pele do Mastermind, enquanto que controlando os sobreviventes tive muito mais dificuldade para completar o objetivo principal: além da luta contra o tempo, os inimigos e armadilhas não param de aparecer.

A Capcom tem, portanto, um longo caminho a percorrer para deixar a jogatina mais equilibrada, o que por tabela poderá tornar a experiência um pouco mais divertida para todas as partes envolvidas.

Project REsistance está prometido para Xbox One e PlayStation 4, mas, por ainda estar em fase inicial de desenvolvimento, segue sem uma previsão de lançamento e sem um título de verdade definido.