Nesta segunda-feira (15) é comemorado no Brasil o Dia da Escola. E mesmo não sendo uma das grandes comemorações do nosso calendário anual, essa data é a desculpa perfeita para listarmos alguns dos ambientes educacionais mais complicados do mundo dos jogos.

Se só esse motivo não basta, podemos alegar também que a lista é uma comemoração às mais de um milhão de unidades vendidas de Little Nightmares II, que conta com momentos bem perturbadores dentro de uma escola, com uma professora um tanto quanto peculiar. Além disso, uma das escolas mais aclamadas do mundo dos games, a Bullworth Academy, de Bully, completa 15 anos em outubro.

Se entrar na escola é fácil, nessa lista vamos mostrar o quão difícil pode ser sair de alguma delas. Lembrando de que isso não se trata de um ranking da pior para a menos pior escola. Ah, e também vale notar que esta lista pode conter spoilers, então cuidado nos textos a seguir!

Escola - Little Nightmares II

Na sequência de “Pesadelinho” feito pela Tarsier Studios, a Escola é o segundo grande desafio de Mono. E ela é um ótimo exemplo do que essa lista quer de como uma escola não deve ser. Uma professora que é literalmente um monstro, alunos empenhadíssimos em destruir a sua sanidade e integridade física e uma infraestrutura totalmente capenga, com armários quebrados, mesas empilhadas e livros jogados no chão, além de um grupo que rapta a sua amiga e quer literalmente te devorar. Ta aí uma escola que vai fazer você não querer repetir de ano.

Bullworth Academy - Bully

Bem-vindo a Bullworth Academy! O internato de Bully tem todas as piores partes dos filmes colegiais americanos: professores com problemas de autoridade, um cenário de guerra entre as facções de alunos, valentões do time de futebol americano e um sociopata que quer destruir a escola. Passar pela Bullworth pode ser um tanto complicado quando você precisa conquistar a liderança de todas os grupos no soco - a não ser que seu nome seja Jimmy Hopkins

Permitindo que você faça as maiores atrocidades possíveis dentro do campus do internato, o jogo da Rockstar foi lançado em 2006 e completa 15 anos no próximo dia 17 de outubro.

Escolas de Bruxos - The Witcher

Ser um caçador de monstros já não é tarefa fácil. O treinamento pra isso, então, nem se fala. Agora imagina ser um estudante durante os massacres em Kaer Morhen? As Escolas de Bruxos de The Witcher não são os ambientes mais amigáveis possíveis, mas nem poderiam ser, afinal elas precisam treinar seus alunos para os piores inimigos. Seja na Escola do Lobo, da Víbora, do Gato ou de qualquer outra, entrar é tão difícil quanto sair.

Nada é fácil, na verdade, já que além das lições você ainda precisa sobreviver aos experimentos que te transformam em um bruxeiro - ou, mais geralmente, em um cadáver. Isso sem falar que sua prova final pode muito bem ser sobreviver a uma legião de humanos fanáticos que querem te matar ou enfrentar uma criatura monstruosa e milenar por uns trocados. E não quero nem pensar no quão complicadas as competições entre colégios devem ser.

Escola Secundária de Shujin - Persona 5

A adolescência vem acompanhada das maiores dúvidas: Quem somos? O que queremos? Quem queremos ser?

Além de lidar com as grandes questões filosóficas da existência humana, os estudantes do universo de Persona ainda precisam descobrir suas personas e enfrentar as sombras, seres nascidos das emoções negativas da humanidade. Em Persona 5, jogo mais novo da franquia, se apenas isso não bastasse, os personagens ainda encaram o descaso do corpo docente da Escola Secundária de Shujin como um todo. Seja fazendo uma prova diária na sala do colégio ou invadindo o “palácio” de alguém para seguir a história, o cotidiano estudantil de Persona definitivamente é um dos mais complicados e marcantes do mundo dos games.

Colégio Leafmore - ObsCure

Seu amigo ficou no colégio para jogar basquete e ainda não voltou. Será que ele pegou uma detenção? Não: ele só encontrou alunos transformados em monstros por um diretor com mais de um século que faz experimentos maléficos em seus estudantes.

No jogo de terror ObsCure, de PlayStation 2 e Xbox, um grupo de alunos precisa enfrentar um dos piores horrores dos adolescentes: frequentar a escola de sábado para desvendar o mistério por trás do Colégio Leafmore e encontrar seu amigo perdido. No caminho você ainda pode sacrificar alunos para salvar outros alunos - um conceito educacional que muito provavelmente não seria aprovado pela maioria dos pesquisadores da educação, eu acredito. Como se não bastasse, o jogo ainda tem uma continuação com uma droga mutante tomando conta da Universidade de Fallcreek - sorte de quem não passou nesse vestibular. 

Escola Primária de Midwich - Silent Hill

Ter livros e mensagens escritas com sangue pode não ser o melhor sinal de educação construtivista. Só por aí a gente já pode duvidar da Escola Primária de Midwich, de Silent Hill. Mas o que falar dos Mumblers - criaturas que te perseguem com facas - dos insetos gigantes, do Split Head - um lagarto não tão amigável - e sobre ela ter um portal para o submundo? Pensando bem, por ser uma das primeiras áreas que você enfrenta no jogo, até dá para “tirar uma lição” de todas essas situações: não jogue Silent Hill! (Ou jogue, mas eu não tenho coragem não!)

Justice High School - Rival Schools: United by Fate

Quando seus amigos começam a ser raptados por pessoas desconhecidas, nada mais justo do que se juntar às suas escolas rivais e sair na porrada, certo? Certo! Em Rival Schools: United by Fate, de PlayStation 1, cada prova é literalmente um soco na cara. Você pode escolher alunos de quatro colégios diferentes para enfrentar os riquinhos da Justice High School e descobrir quem está por trás dos ataques e sequestros feitos nos outros colégios.

Hope’s Peak Academy - Danganronpa: Trigger Happy Havoc

Uma sala de aula em que você precisa matar um colega e convencer os outros de que não foi você quem fez para passar de ano. Se a gente colocar a Viola Davis isso vira How To Get Away With Murder, mas como o “professor” é o sádico ursinho de pelúcia Monokuma, então estamos falando de Danganronpa.

No primeiro jogo da série, Trigger Happy Havoc, os alunos da Hope’s Peak Academy são confinados no campus e precisam cometer um assassinato e se safar para se formar e sair desse pesadelo. Mas, a cada morte, uma investigação e entre os estudantes ainda vivos acontece para definir quem foi o responsável. Se o culpado é encontrado, ele é executado. Caso contrário, todo mundo morre e o assassino consegue seu diploma de liberdade. Meritocracia pouca é bobagem.

Mosteiro de Garreg Mach - Fire Emblem: Three Houses

Nada mais clássico do que uma escola dividida entre três grupos. Ainda mais em um RPG, onde a gente já espera as divisões entre magia, porradaria e longa distância.

Em Fire Emblem: Three Houses você está do outro lado e comanda um professor/mercenário que precisa escolher com qual Casa da Academia de Oficiais do Mosteiro de Garreg Mach você vai se aliar. E, como professor, você vai ter que matar e/ou ver seus antigos alunos morrendo em batalhas que você de certa forma escolheu. É um tanto quanto cruel, mas você vai ter que escolher um lado - ou jogar a campanha várias vezes pra ver todos os desdobramentos possíveis. É como repetir de ano, só que com muitas mortes dramáticas e todo um cenário de guerra por trás.

Escola - Tony Hawk's Pro Skater 1 e 2

Você tem dois minutos para subir no telhado, descer em alta velocidade numa rampa improvisada e sem equipamentos de segurança só para reaver um VHS velho. Sem falar nos carrinhos desgovernados que te atropelam sem o menor receio e os bolos de dinheiro escondidos em cima de prédios que te obrigam a dar saltos cinematográficos. Além do fato de que você, como estudante, que precisa disparar o sinal das aulas. Francamente, as escolas em Tony Hawk’s 1 e 2 não são nada seguras para os alunos que andam de skate - imagina, então para os que não andam. 

Lição de casa feita, quais escolas te marcaram dentro do mundo dos games? Deixe aqui nos comentários quais jogos ficaram faltando nesta lista e também agradeça pela sua prova final não ser tomar um mutagênico e torcer para não morrer ou precisar assassinar o seu colega de sala.